Pela segunda vez, Daniel Strohschoen Bohn, estudante de Medicina na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), ficou em primeiro lugar na Olimpíada de Anatomia Elsevier uma das maiores editoras de literatura médica do mundo. Os cinco finalistas da 4ª edição são dos mais diversos estados do país. Além do Rio Grande do Sul aparecem acadêmicos da Bahia, Ceará e Paraíba. Foram mais de oito mil participantes nessa edição, na qual o estudante obteve destaque entre as etapas on-line. A última delas era presencial e ocorreu na segunda semana de julho, em São Paulo.
A terceira edição ocorreu em outubro do último ano, momento no qual o estudante avalia como tranquilo em relação às avaliações da Faculdade de Medicina. "Dessa vez foi mais difícil de estudar, estávamos no final do semestre", lembra. Mesmo com o tempo apertado, Daniel conciliou os estudos para as últimas provas do 5º semestre com os livros da Anatomia à Olimpíada. A competição se divide em seis etapas: cinco são feitas por provas on-line e a final ocorre presencialmente.
A mesa de estudos do acadêmico, enquanto respondia às questões on-line, se dividia entre os livros de Anatomia para rememorar as anotações e conteúdos e o computador. Cada prova feita via internet tem 25 questões e a cada etapa o número de participantes diminui. Na segunda fase, apenas os mil melhores realizam o teste. Para a seguinte, 850 ficam de fora. No final, apenas cinco finalistas recebem as premiações.
A etapa presencial é momento de troca de conhecimentos entre os participantes e professores. Dessa vez, são 20 questões e o candidato tem entre um minuto e um minuto e 30 segundos para responder. Em dois turnos, a competição utiliza uma máquina de realidade virtual, em que o candidato precisa identicar músculos, órgão e vaso.
Diferentemente da edição anterior, as perguntas clínicas estavam em minoria. O estudante se mostra um tanto frustrado com a forma de avaliação e acredita que mais questões poderiam ter sido feitas, de forma que aproveitasse os materiais tecnológicos disponíveis. Num todo, "eu achei a prova fácil", ressalta.
No último ano, o prêmio foi em formato de curso. Na University of South Florida, ele realizou o Curso de Anatomia Humana no Center for Advanced Medical Learning and Simulation (CAMLS). Agora, a premiação ao primeiro colocado é uma viagem com tudo pago para participar no Congresso Mundial de Educação Médica 2019, em Viena, na Áustria, no mês que vem. Em todo o país, Bohn é o único estudante que venceu por duas vezes a Olimpíada de Anatomia Elsevier.
