Rural

Metade do trigo cultivado no RS está em fase de floração, com bom desenvolvimento

Nas Missões, como em Ijuí (foto), a tendência é a manutenção da produtividade média do trigo na região, acima de 2,5 t/ha

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22/09/2019 - 10h41min Adriane Bertoglio Rodrigues/Ascom Emater/RS-Ascar Corrigir

Apresentando bom desenvolvimento no Rio Grande do Sul, a cultura do trigo entra agora no que é conhecido como o período crítico, pois o plantio está na fase de espigamento, altamente vulnerável a variáveis climáticas.

De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar – conveniada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) – na quinta-feira (19), 19% das lavouras com o grão encontram-se em desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento do colmo), 50% em floração, 30% na fase de enchimento do grão e 1% madura e pronta para a colheita. Nesta safra, a área estimada pela Emater/RS-Ascar para o cultivo do trigo é de 739,4 mil hectares.

Na regional de Santa Rosa (27% da área de trigo do Estado), que compreende fronteira noroeste e Missões, devido às temperaturas elevadas para a época, percebe-se forte pressão de inóculos e agentes patógenos das doenças foliares sobre as lavouras de trigo, sendo necessário manter regularmente as aplicações de fungicidas para controle de oídio e também de manchas foliares e ferrugem.

Muitas lavouras estão recebendo a terceira aplicação de fungicidas, e produtores aplicam inseticida para controle da infestação de pulgão. Apesar da necessidade desses manejos fitossanitários, o aspecto geral das lavouras de trigo é considerado bom. Até o momento, a tendência é a manutenção da produtividade média para a região, acima de 2,5 toneladas por hectare.

A área cultivada com canola no RS para esta safra é de 32,7 mil hectares, com rendimento médio de 1.258 quilos por hectare. Entre as lavouras do Estado, 17% estão em floração e 59% em enchimento de grãos. Em 14% das lavouras a canola está madura por colher e 10%, colhida. As regiões da Emater/RS-Ascar principais produtoras são Santa Rosa, Ijuí, Santa Maria, Bagé e Frederico Westphalen, que correspondem a 93% da área cultivada no Estado. O RS corresponde a quase 93% da área estimada para o Brasil pela Conab em agosto de 2019.

O RS implantou, nesta safra, 42,4 mil hectares com cevada, com rendimento médio de 2.073 quilos por hectare. Em 28% das lavouras, a fase é de desenvolvimento vegetativo, 42% estão em floração, 29% em enchimento de grãos e 1% maduro por colher. De modo geral, o desenvolvimento das lavouras é considerado bom. A cevada corresponde a 36,6% da área estimada para o Brasil pela Conab.

A área estimada pela Emater/RS-Ascar com plantio de aveia branca para grão nesta safra é de 299,9 mil hectares, com produtividade esperada de 2.006 quilos por hectare. A área cultivada com aveia no RS corresponde a 78,8% do total estimado pela Conab para o Brasil. No Estado, 8% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 24% em floração e 49% na fase de enchimento do grão. Em 11% a aveia está madura para colher e 8% das lavouras foram colhidas.

Cultivo de milho

A estimativa da Emater/RS-Ascar para safra de milho 2019/2020 indica área de 771.578 hectares – aumento de 1% em relação à anterior –, e produção estimada de 5.948.712 toneladas, o que indica produtividade de 7.710 quilos por hectare.

Segundo o zoneamento agroclimático (definido pela Portaria nº 59, de 1/7/2019), o período de plantio ocorre entre o início de agosto e o final de janeiro. A evolução da cultura do milho para a próxima safra começa a ser descrita a partir desta semana. As regiões administrativas da Emater/RS-Ascar onde o plantio mais avançou na semana passada, de acordo com o zoneamento, foram Santa Rosa e Ijuí.

Olerícolas e frutícolas

Batata-doce: na Região Metropolitana, a maior parte das lavouras encontra-se em enchimento de tubérculos, avançando na colheita, que totaliza até o momento 92% da área na Costa Doce, região com 3 mil hectares da cultura. Na região Sul, com a colheita finalizada, a oferta encolheu e o preço aumentou para valores entre R$ 2,00 e R$ 2,20/kg. Segue a atividade de plantio em túneis baixos destinado à produção de mudas para, na sequência, iniciar o transplante.

Tomate: no Vale do Caí, o cultivo de tomate-cereja em ambiente protegido apresenta baixa incidência de pragas e doenças. Novas áreas implantadas estão com bom desenvolvimento, apresentando bom padrão de floração e pegamento de frutos, estimando-se início de colheita para a primeira quinzena de outubro. A produção é comercializada a preços que variam entre R$ 5,00 e R$ 8,50/kg, dependendo da qualidade e destino do produto.

Banana: os pomares estão em produção no Litoral Norte, onde há aproximados 10.900 hectares da cultura, representando 98,5% da área cultivada no Estado. O preço para caixa de 20 quilos de banana sofreu forte aumento: para prata de primeira, ficou em R$ 40,00/cx.; de segunda, a R$ 20,00/cx. O preço da caturra de primeira ficou em R$ 34,00/cx.

Pêssego: na região Sul, a cultura está no final de florescimento e a maioria das cultivares está em frutificação. Seguem intensas as atividades de raleio. Produtores realizam tratamentos fitossanitários na floração e na frutificação, bem como adubação. No Nordeste do RS, segue o monitoramento de pragas e doenças, os tratamentos fitossanitários e a colocação de armadilhas caça-moscas.

Videira: na regional da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, se iniciou a brotação, com boa expectativa para esta safra. Na região há 270 hectares de uvas para indústria, a maioria de agroindústrias familiares de vinhos, sucos e demais produtos.

Outras culturas

Erva-mate: na região do Alto da Serra do Botucaraí, agricultores realizam plantio e replantio. Segundo informações de viveiristas, as vendas de mudas de erva-mate têm sido satisfatórias, indicando, portanto, que há plantios novos. Em Venâncio Aires, muitas áreas estão sendo eliminadas. No entanto, a administração municipal, em incentivo ao desenvolvimento da cultura, entregou 27 mil mudas de erva-mate aos produtores. Houve um crescente aumento na demanda, fazendo o preço pago ao produtor aumentar, podendo chegar até a R$ 16,00/arroba.

Pastagens e criações

Tanto as pastagens naturais (campo nativo) como as cultivadas estão no período final do ciclo. Com a aproximação da primavera, começam as novas brotações das naturais nas regiões de Bagé, Pelotas, Santa Maria e de Caxias do Sul, em especial nos Campos de Cima da Serra, e a finalização nas cultivadas de inverno. Observa-se a implantação das pastagens cultivadas de verão, principalmente entre os produtores de leite.

Ovinocultura

O período é de nascimento de cordeiros. Na Campanha e Fronteira Oeste, em algumas localidades, o nascimento de cordeiros se encaminha para o final do ciclo, chegando a 95% das crias, com baixa mortalidade. O campo nativo continua apresentando redução de oferta de forragem, condição prejudicial aos animais que pastoreiam essas áreas. Esse quadro deve melhorar com a chegada da primavera e a partir do rebrote dos campos. Seguem os trabalhos de esquila pré-parto, assinalação, descola e castração dos cordeiros, que se desenvolvem bem.

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