Os servidores do Judiciário de Camaquã aderiram à greve deflagrada em todo o Estado. Apenas 30% dos servidores estão desempenhando suas funções, como determina a lei, cumprindo apenas casos de urgência. A greve afeta advogados e a comunidade, já que processos em andamento ficam parados durante as reivindicações da categoria.
O Sindjus RS espera que a mobilização pressione a administração do Tribunal de Justiça a apresentar alguma resposta sobre a pauta de reivindicações da categoria. A entidade relata que mais de 80% das comarcas aderiram à paralisação, embora o TJ assegure que não há registro de anormalidade na prestação de serviços à população.
Na pauta dos Sindjus, a construção de um plano de carreira para os servidores do 1º grau, e a não extinção de cargos de oficiais escreventes, o que pode ocorrer caso o PL 93/2017 seja aprovado na Assembleia Legislativa. Além disso, os servidores pedem reajuste dos salários, congelados há cinco anos, do auxílio-alimentação e do valor ressarcido aos oficiais de justiça por despesas de condução.
Os servidores do Judiciário e do Ministério Público também temem o deferimento de Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI’s), movidas pelos governos anteriores, que questionaram reposições salariais de 8,13% (gestão de Sartori) e 8,69% (gestão de Rigotto). Se julgadas procedentes, elas poderão ocasionar perda de até 21% na remuneração dos trabalhadores.
Com informações do Correio do Povo