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Larp indica danos de agrotóxico 2,4-D em 100% de análises feitas até agora no RS

Um total de 76 amostras de culturas que podem sofrer danos do herbicida tinham sinais do produto químico

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26/11/2019 - 08h30min Corrigir

Laudos do Laboratório de Análises de Resíduos de Pesticidas (Larp), divulgados nesta segunda-feira pela Secretaria da Agricultura (Seapdr), apontaram a presença do herbicida 2,4-D em 100% das primeiras 76 amostras coletadas em cultivos de tomate, ameixa, couve, videira, oliveira, noz-pecã, maçã, caqui, pastagens e cinamomo do Rio Grande do Sul. O resultado é alarmante pelo prejuízo que a agrotóxico pode causar a vários tipos de culturas que não são resistentes à sua ação.

Os materiais para análise foram recolhidos em 52 propriedades de 23 municípios. O resultado de outros 73 laudos ainda são aguardados. Diante dos números, Ministério Público Estadual e Seapdr tiveram novo encontro para ajustar uma força-tarefa de fiscalização.

Pelos laudos, houve deriva em 10 municípios dos 24 que são alvos das instruções normativas criadas neste ano pela Seapdr, com regras para aplicação e notificação do uso dos agrotóxicos hormonais. Para o promotor do Ministério Público, Alexandre Saltz, que conduz um inquérito civil sobre o 2,4-D, “os resultados são muito significativos, o que reforça a importância da força-tarefa de fiscalização."

O chefe da Divisão de Serviços e Insumos Agropecuários da Secretaria da Agricultura, Rafael Friedrich de Lima, informa que, partir de agora, se dará mais atenção ao trabalho de investigação dos responsáveis pela deriva, começando pelos municípios abrangidos pelas INs.

Ele explica que, a partir da propriedade que teve o dano comprovado, serão buscadas as informações dos vizinhos imediatos (se adquiriu agrotóxico hormonal, se declarou o uso, se cumpriu os requisitos para aplicação). Alertou ainda que, nos demais municípios com problema, as eventuais multas serão determinadas pela legislação federal. Acrescenta que a Seapdr já encaminhou um caso para a Polícia Civil, para que tramite na esfera criminal.

Os dados foram chamados de “desoladores” pelo conselheiro do Instituto Brasileiro do Vinho, Helio Marchioro. Para ele, as instruções normativas não geraram o efeito esperado pelas autoridades públicas. “Mesmo com os problemas explícitos, nós aceitamos as INs e esperamos os resultados”, disse. “Mas as regras não serão suficientes para estabelecer um convívio pacífico entre os produtores que defendem a diversificação e aqueles que tem a posição da monocultura”, acrescenta Marchioro, ao cobrar uma “atitude enérgica” dos órgãos competentes na punição dos infratores.

Ao lamentar a reincidência da contaminação de culturas sensíveis no Estado, o diretor técnico do Senar, que possui cursos voltados aos aplicadores de defensivos agrícolas, Cláudio Rocha, afirmou que a instituição seguirá fazendo sua parte. “Vamos ampliar a nossa missão e incentivar ainda mais as boas práticas agrícolas, porque temos preocupação com todos, o sojicultor, o produtor de uva, de maça, de oliva”, garantiu.

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