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Mãe que deu a luz em avião relata como foi o parto sob os céus do RS

Piloto precisou desviar a aeronave para o aeroporto de Porto Alegre

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11/12/2019 - 09h38min Corrigir

A chilena Daniela Arancíbia, de 30 anos, que deu à luz dentro de um avião na noite de domingo (8), conta que "foi tudo muito rápido". A aeronave seguia do Rio de Janeiro para Santiago, no Chile, mas o piloto precisou desviar para o aeroporto de Porto Alegre logo após o parto. A menina recebeu o nome de Trinidad Hernández Arancibia.

"Nasceu Trinidad em cima, nos céus. E aí depois pousaram, esperaram os bombeiros, esperaram uma ambulância de Porto Alegre e me trouxeram ao hospital", conta.

"[Foi o intervalo de uma] hora de quando começaram as contrações até eu ter minha filha. Subimos ao avião, todos bem, depois da janta senti um mal-estar. Fui ao banheiro, voltei, e fui de novo. Quando fui de novo, me senti muito mal, aí começaram as contrações muito fortes. Meu marido também se assustou", relata Daniela.

A mãe conta que falou, então, para um comissário de bordo que estava se sentindo mal.

"Me pediram os papéis médicos, entreguei. Me disseram que não tinha como voltar para o Rio. Perguntamos aos passageiros se tinham médicos ou paramédicos, o que fosse, enfermeiros, para me ajudar durante a viagem, e nenhum respondeu porque nenhum era chileno, não entendíamos o que falavam. Até que meu marido perguntou a uma moça que conhecemos no Rio e a menina disse que tinha uma amiga que era enfermeira", conta.

A equipe de bordo também começou a procurar pessoas da área da saúde dentro do avião. Além da enfermeira, dois paramédicos foram identificados, e ajudaram no atendimento.

"Voltei ao banheiro e eu estava sangrando. Quando voltei, começaram as contrações e rompi a bolsa. Eu disse 'não vou aguentar'. Assim, decidiram pousar no aeroporto mais próximo, que era em Porto Alegre", afirma.

A previsão é que a mãe e a bebê tenham alta ao meio-dia desta quarta-feira (11). Mas a família vai ficar mais alguns dias no estado gaúcho antes de retornar ao Chile.

“Não podemos voltar para Santiago ainda. Temos que esperar que Trinidad tenha 10 dias para viajar de avião", conta Daniela.

A mulher estava grávida de 8 meses, e a família estava em férias no Brasil. Ela tinha um atestado do médico no Chile para viajar.

Nesta semana, o pai da bebê, Manuel Hernández, de 29 anos, disse que a filha "vai ser gaúcha".

"Vamos fazer a nacionalidade brasileira e chilena. Vai ter dupla nacionalidade."
O Consulado do Chile em Porto Alegre confirma que o processo é legal. Ela precisará fazer um registro civil, que pode ser feito no cartório do próprio hospital. Com a certidão de nascimento, fará um documento brasileiro (RG) e, depois, pedirá a cidadania chilena em Santiago.

O casal tem outros dois filhos, Augustina, de 11 anos, e Diego, de 4. A família retornaria a Santiago porque, segundo Manuel, o parto de Trinidad estava programado para o dia 20.

"Primeira vez que andamos de avião, que saímos do Chile, que tivemos férias no exterior", diz o pai.

De acordo com o Hospital Fêmina, onde mãe e filha foram atendidas, Trinidad nasceu com 48 centímetros e 3,325 kg.

O pai disse que só se recorda que, no momento do parto, a tripulação anunciou que, em 10 minutos, desembarcariam em Porto Alegre.

"A experiência é um pouco rara, um pouco extrema", conta a mãe. "Mas fizeram um bom trabalho, aqui no hospital também, me senti muito bem, confiante a todo momento."

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