O presidente Jair Bolsonaro chamou nesta segunda-feira (16) o educador Paulo Freire – declarado patrono da educação brasileira em 2012 após a aprovação de um projeto de lei – de “energúmeno” e disse que a programação da TV Escola “deseduca”. Ele deu as declarações na saída do Palácio da Alvorada, enquanto conversava e tirava fotos com apoiadores.
Na sexta-feira (13), o governo não renovou o contrato com a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto, responsável por gerir a TV Escola desde 1995. Em nota, o Ministério da Educação afirmou que estuda a possibilidade de as atividades do canal serem exercidas por outra instituição. O presidente defendeu a decisão do ministério de não renovar o contrato e disse que a audiência da TV Escola é muito baixa.
“Você conhece a programação da TV Escola? Deseduca”, afirmou. “Queriam que assinasse agora um contrato, o Abraham Weintraub [ministro da Educação], de R$ 350 milhões. Quem assiste à TV Escola? Ninguém assiste. Dinheiro jogado fora”, acrescentou Bolsonaro.
“Era uma programação [da TV Escola] totalmente de esquerda, ideologia de gênero, dinheiro público para ideologia de gênero. Então, tem que mudar. Reflexo, daqui a cinco, dez, 15 anos, vai ter reflexo. Os caras estão há 30 anos [no ministério], tem muito formado aqui em cima dessa filosofia do Paulo Freire da vida, esse energúmeno, ídolo da esquerda”, completou Bolsonaro.