Em pronunciamento sobre os ataques do Irã a bases militares que abrigam soldados americanos no Iraque, o presidente norte-americano Donald Trump diminuiu o tom belicoso. Afirmou que não houve feridos na ação, que fez estragos mínimos nas instalações. “Parece que o Irã está recuando, o que é bom para o mundo todo”, avaliou. Suas últimas palabras foram uma mensagem direta ao regime e povo iraniano: "queremos que você tenha um futuro, um grande futuro que você merecem. Um de prosperidade em casa e de harmonia com as nações do mundo. Os Estados Unidos estão prontos para fazer a paz com todos a que procuram”, garantiu.
Trump disse que a presença da Coalizão de combate ao Estado ao Estado Islâmico foi fundamental para a derrocada do autoproclamado Califado e assinalou para a possibilidade de cooperação para manter o grupo silenciado. “É um inimigo natural do Irã e devemos atuar juntos nessa e outras prioridade”, disse. Contudo, anunciou que os EUA “vão impor imediatamente sanções econômicas punitivas adicionais ao regime iraniano" como forma de resposta ao ataque de ontem à noite. "Essas poderosas sanções permanecerão até que o Irã mude seu comportamento. Somente nos últimos meses, o Irã apreendeu navios em águas internacionais, disparou um ataque não provocado à Arábia Saudita e abateu dois drones americanos", completou.
Segundo o Republicano, não houve mortos na ofensiva orquestrada por Teerã e que o sistema de monitoramento funcionou. “Não sofremos baixas. Todos os nossos soldados estão seguros e apenas danos mínimos foram sofridos em nossas bases militares".
Críticas ao Acordo Nuclear
Apesar de baixar o tom de ameaças, o discurso do presidente também conteve críticas ao Democratas e ao acordo nuclear. Ele declarou que os mísseis enviados pelo Irã foram “pagos com o dinheiro disponibilizado pela administração anterior” ao assinar o “tolo” acordo nuclear.“Ao invés de dizerem obrigado (pela quantia), eles cantam morte à América”, ironizou, afirmando que “enquanto for presidente, o Irã nunca terá permissão para ter uma arma nuclear”.
“Principal terrorista do mundo”
Trump descreveu o comandante militar iraniano QaSsem Soleimani morto em um ataque americano na semana passada como "o principal terrorista do mundo". "Ele treinou exércitos terroristas, incluindo o Hezbollah, lançando ataques terroristas contra alvos civis. Ele alimentou guerras civis sangrentas por toda a região. Feriu e matou cruelmente milhares de tropas americanas, incluindo o plantio de bombas na estrada que mutilam e desmembram suas vítimas".
O presidente disse que Soleimani dirigiu os recentes ataques a pessoal dos EUA no Iraque que "feriram gravemente quatro membros do serviço e mataram um americano" e ele orquestrou "o ataque violento" à embaixada norte-americana de Bagdá.