O ano letivo nas escolas de Camaquã teve início na última quarta-feira (12) e contará com mudanças em todos os âmbitos, sejam eles estruturais ou na maneira de ensinar. Mudanças essas que afetam a vida do corpo discente, docente, como também de pais e funcionários.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul) foi o primeiro centro de ensino do município a dar a largada para a volta às aulas. O ano escolar no IFSul começou no dia 12, com reformas na estrutura e início da remodelação dos cursos integrados. Todas as salas do campus, a partir de agora, contam com ar-condicionado após reestruturação do sistema de energia. Na última semana, o executivo camaquense também discutiu a criação de um campus agrícola para o IFSul no Colégio Chequer Buchain, a Escola Agrícola de Camaquã.
As aulas nas escolas particulares iniciam na próxima segunda (17) e têm previsão de término para o dia 15 de dezembro, com recesso de 27 a 31 de julho. O calendário da rede privada é o sugerido pelo Sindicato do Ensino Privado do Estado (Sinepe/RS), porém, as escolas possuem liberdade para traçar sua própria programação escolar.
Na rede estadual de Camaquã, o ano letivo começa no dia 18 de fevereiro, terça-feira. Porém, algumas das escolas optaram por iniciar as aulas no mês de março. Por conta da greve dos professores que teve no final do ano passado, muitas instituições de ensino estaduais acabaram de encerrar o cronograma letivo de 2019. O Instituto Estadual de Educação Cônego Luiz Walter Hanquet, por exemplo, dará início às aulas somente no dia 5 de março.
O calendário escolar estadual está programado para se estender até o dia 16 de dezembro. Nos dias 17 e 18, os professores poderão aplicar seus exames finais aos alunos que necessitarem. O recesso ocorre de 20 de julho a 2 de agosto.
É a rede de ensino mais afetada por mudanças em todos os sentidos. Entre as tantas programadas pela 12ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), a qual Camaquã faz parte, haverá uma forma única de avaliação do aluno, o incentivo ao uso do diário de classe eletrônico, onde será publicado a frequência e desempenho avaliativo do aluno e horas-aula fechadas em períodos de 1h. Também serão padronizadas as matrizes curriculares para unificar a nomenclatura de disciplinas e a quantidade de aulas previstas para cada conteúdo.
A proposta do Estado que estipulava a idade mínima de cinco anos para ingresso no Ensino Fundamental foi derrubada pelo Ministério Público na última quinta-feira (13), através de solicitação da Promotoria Regional da Educação de Porto Alegre. Agora, alunos só poderão ser matriculados no primeiro ano do E. F. se completarem seis anos de idade até o dia 31 de março, conforme previa a legislação federal.
Passa a vigorar, também, neste ano letivo de 2020 a Escola Gaúcha. Entre as propostas dessa política destacam-se os pontos referentes à formação integral dos alunos, organização curricular, práticas pedagógicas, gestão educacional, valorização dos profissionais da educação, infraestrutura escolar, avaliação, financiamento e regime de colaboração com os municípios.
Algumas dessas propostas têm gerado diversas críticas negativas por parte dos educadores e entidades da área. Muitos deles falam da falta de diálogo por parte da Secretaria Estadual da Educação (Seduc) em sua implementação.
Por fim, a rede municipal é a última a dar início às aulas, segundo o programado. Iniciam na próxima quarta, 19 de fevereiro, e vão até o dia 17 de dezembro. O recesso acontece entre 27 a 31 de julho. Já as turmas de Educação Infantil em Escolas de Ensino Fundamental seguem o cronograma estipulado por cada escola.
