A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado (MP-RS), e seis homens se tornaram réus pelo assassinato do empresário Jair Silveira de Almeida, 53 anos, em outubro do ano passado. Nesta terça-feira (3), eles foram citados judicialmente e irão responder por homicídio qualificado e associação criminosa.
O processo tramita em segredo de justiça na 2ª Vara do Júri da Capital. Conforme a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), dois deles estão presos, um está foragido e os outros três estão em liberdade.
O crime aconteceu em 31 de outubro do ano passado, em Porto Alegre. Jair foi executado dentro do carro com pelo menos dez tiros, por volta das 21h, em frente a uma clínica no bairro Anchieta.
O delegado Cassiano Cabral, da 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), concluiu o inquérito em fevereiro, e a denúncia foi feita pelo MP-RS no dia 17. Segundo ele, todos estão envolvidos diretamente no assassinato.
“Quatro estavam no carro no momento da execução. Outro é o líder, quem arregimentou os demais para o crime. E o sexto integrante foi quem fez o levantamento do local.”
Na época do crime, a polícia apurou a possibilidade de que o alvo seria o sócio do empresário, que era o proprietário do veículo que ele dirigia – o que não se confirmou. O delegado Cabral afirma que o caso é investigado como execução, já que as provas indicam um crime feito por encomenda.
“Eles se referiam a matar, a uma recompensa pela morte. O planejamento foi de uma execução”, assegura.
Um dos suspeitos foi preso em Cachoeirinha horas depois. A Brigada Militar descobriu em qual carro eles estavam e monitorou as estradas até chegar a uma casa, onde o homem foi preso em flagrante por receptação e posse de armas de uso restrito.
O empresário chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Cristo Redentor, mas não resistiu aos ferimentos.