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Com ajuda de doações, cafeteria distribui almoços para moradores de rua em Porto Alegre

Estabelecimento no bairro Bom Fim ofereceu 120 pratos, nesta quarta-feira (25). A ideia é produzir 200, a partir de quinta (26)

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26/03/2020 - 08h01min Corrigir

Em função da pandemia da Covid-19, uma cafeteria no bairro Bom Fim de Porto Alegre está distribuindo refeições aos moradores de rua da cidade. A iniciativa começou na terça-feira (24) com 50 almoços oferecidos no Parque da Redenção. A partir desta quarta (25) os pratos começaram a ser distribuídos em frente ao local, que fica na rua Ramiro Barcelos

"Tenho visto que os moradores de rua tem pedido comida, nos sinais, nas praças, e só comida, não dinheiro. Porque como os buffets não estão trabalhando, e os buffets de praxe dão os restos para os moradores de rua, então eles estão sem o que comer, estão passando fome. É uma situação bastante triste e uma situação que tende a se agravar. Então, eu decidi começar a fazer isso", conta o proprietário da La Croissanterie, André Motta.

O objetivo é aumentar o número de refeições oferecidas. Nesta quarta foram 120 e a partir de quinta (26), a ideia é produzir 200. Os almoços serão distribuídos de segunda a sábado a partir das 12h, no período de quarentena.

"Hoje [quarta-feira, 25], em questão de 20 minutos saíram os 120 almoços. Depois seguiam chegando umas pessoas e comecei a dar os produtos da cafeteria que eu tenho aqui, bolo, quiche, baguete, para não deixar ninguém desamparado. Por isso, quero aumentar a produção. Porque a tendência é eles irem espalhando entre eles e cada vez vir mais", explica.

Para a produção dos almoços, o empresário está contando com a colaboração da comunidade. A cafeteria tem recebido doações de alimentos, como feijão, arroz, massa, polenta, carne. Para quem prefere não se deslocar até o local, as doações podem ser feitas em dinheiro. Além de alimentos, o local também precisa de pratos e talheres descartáveis para a distribuição.

"Coloquei um objetivo e uma missão para mim durante este período, que é segurar todos os funcionários. Não quero demitir nenhum funcionário. Comecei a me virar em 15. Bancar funcionários de três cafeterias em uma é complicado", conta Motta.

Os funcionários trabalham em um sistema de rodízio e a cada duas semanas ficam em quarentena.

"Como eu digo para todo mundo, os mais fortes tem que cuidar dos mais fracos nesse momento. Então, eu como empresa, tenho obrigação de cuidar dos meus funcionários. E acredito que o estado, como um todo, vai cuidar das empresas depois. Então, eu faço a minha parte que é cuidar dos meus funcionários, e cuidar de quem eu consigo", ressalta o empresário.

Motta diz que seguirá neste projeto apenas no decorrer da pandemia. Após o período de quarentena, o empresário afirma que repassará as doações para projetos que já trabalham com a causa.

"A hora é essa, da gente se unir e ajudar as pessoas, que são o que realmente importam. E é o que vai ficar depois disso. Não dinheiro. O mercado como um todo quebrou e só vai voltar depois que acabar isso. Então esse projeto também tem início, meio e fim, inicialmente. A minha ideia é tocar durante o período de quarentena."

Para ajudar, é possível entrar em contato nas redes sociais da cafeteria.

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