Saúde

UFPel realiza mapeamento da população de risco para a covid-19 no espaço urbano de Pelotas

O município possui aproximadamente 78 mil idosos, o que representa cerca de 25% de sua população dentro do grupo de risco da doença

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07/04/2020 - 11h40min CCS - UFPel Corrigir

O Grupo de Pesquisa Geografia Política, Geopolítica e Territorialidades (GEOTER) do Laboratório de Estudos Urbanos e Regionais da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) realizou um mapeamento para demonstrar a localização da população com mais de 60 anos (Grupo de Risco do Covid – 19) por setor censitário e região administrativa no espaço urbano do município de Pelotas. Os dados demonstram que o município de Pelotas possui aproximadamente 78 mil idosos, o que representa cerca de 25% de sua população.

No que tange à espacialização, foi possível visualizar que existem três regiões administrativas que necessitam um olhar mais atento do poder público no que tange ao distanciamento social, devido à alta taxa de população dentro da faixa de risco para o Covid – 19: Centro, Laranjal e Fragata. De acordo com os pesquisadores, o cálculo para obter o resultado foi baseado na proporção de idosos pela população total das regiões administrativas.

A região administrativa que representa significativa preocupação é o Fragata, tendo em vista o número total de idosos (aproximadamente 20 mil residentes), seguido pela Região Administrativa Centro e Três Vendas.

A região administrativa Laranjal possui um número total de idosos baixo comparado as outras regiões administrativas. No entanto, na proporcionalidade por total da população, a região figura com 28% de idosos, sendo a segunda maior taxa do município.

Com relação aos microdados (setor censitário), foram estabelecidos três recortes que demonstram áreas dentro das regiões administrativas com maior concentração da população de risco. A análise demonstra novamente uma atenção necessária ao Centro e Fragata devido à proporcionalidade de idosos.

Os pesquisadores Eduardo Schumann e Tiaraju Salini Duarte ressaltam que a partir dos dados por setor censitário torna-se possível pensar em zonas de risco e estabelecer uma estratégia de planejamento voltado à conscientização da população em conjunto com o estabelecimento de políticas públicas para atender aos idosos nessas localidades.

A pesquisa baseou-se nos dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao censo de 2010. O corte populacional estabelecido foi de 50 a 80 anos. A opção pelo recorte da população identificada com 50 anos no censo de 2010 ocorreu pois a mesma, no ano de 2020, está dentro da faixa de risco. A opção por retirar a população com mais de 90 anos foi devido à alta taxa de mortalidade neste recorte populacional.

Próximos passos
O Grupo de Pesquisa está debruçado agora sobre duas frentes. A primeira é o mapeamento da infraestrutura da Saúde no espaço urbano de Pelotas, buscando compreender quais áreas terão maior pressão por atendimento, caso o vírus se espalhe.

A segunda concentra-se no mapeamento das zonas de risco (através dos municípios com maior parcela de população com mais de 60 anos) no estado do Rio Grande do Sul, em conjunto com a evolução dos contaminados e óbitos pelo Covid-19, objetivando compreender quais áreas do estado estão mais propensas a evoluir no quadro de contaminação.

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