As linhas de ônibus circulares estão sem funcionar em Camaquã desde que a Prefeitura Municipal decretou as restrições para o funcionamento do comércio e isolamento social no dia 20 de março, por conta da pandemia da covid-19.
As frotas da cidade já vinham enfrentando longos conflitos por conta do número excessivo de passageiros idosos que são isentos de pagar a tarifa da viagem, o que afeta diretamente no financeiro dessas empresas.
Como forma de conter gastos, elas optaram por paralisar seus serviços e retornarem após uma semana. A decisão veio através do decreto municipal nº 23.229, de fechamento do comércio, principalmente, por conta da orientação dos órgãos públicos de saúde para que as pessoas permanecessem em casa, sobretudo, o público de mais idade. A decisão foi tomada em comum acordo entre as empresas que fazem o transporte público no perímetro urbano.
Mas, devido às alterações feitas, a prefeitura liberou, através do decreto de nº 23.300, de 1º de abril, o funcionamento das frotas em horário reduzido. O documento alinhou-se com o decreto do Estado e possibilitou que os ônibus transitassem nos horários de pico, para transportar aquelas pessoas que seguiram trabalhando, mediante restrições de ocupação e orientações de higiene e limpeza. Porém, novamente, as empresas optaram por continuar paradas.
Segundo o procurador-geral do município, Fabiano Ribeiro, houve até mesmo a proposta de a prefeitura subsidiar parte do serviço de mobilidade urbana, só que nada ficou acordado quanto a isso. Dessa forma, o município segue sem transporte público pelo menos até o dia 15 de abril, data programada para a reabertura do comércio em todo o RS.
“As empresas não estão descumprindo com o decreto. Elas estão descumprindo a concessão que têm. O governo não teve influência alguma. Não houve proibição. Apenas restringimos os horários para os horários de pico, pela manhã, à tarde e fim do dia, para continuarem trabalhando. Foi de comum acordo entre as empresas de continuarem paralisadas. Não sabemos como vai ficar na semana que vem, caso se encerre o decreto”, afirmou a assessoria de imprensa da Prefeitura de Camaquã, em conversa com o portal de notícias Blog do Juares (BJ), na tarde desta quarta-feira (8).