Saúde

Porto Alegre possui plano de ampliação de leitos para atender pacientes com Covid-19

Instalação de hospital de campanha em estádio, como ocorre em São Paulo, foi descartado em um primeiro momento

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16/04/2020 - 08h07min Corrigir

O diretor de Atenção Hospitalar da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), João Marcelo Lopes Fonseca, explica que a estratégia em Porto Alegre para garantir o atendimento aos pacientes com Covid-19 não envolve a instalação de um hospital de campanha, por exemplo, como vem sendo feito em algumas cidades do Brasil. Por aqui, a SMS elaborou um plano de ampliação de leitos para esses atendimentos.

“Não é uma alternativa tão boa colocar leitos hospitalares em estádios porque temos uma densidade de leitos em hospitais que estão em atividade efetivamente já, temos uma capacidade de expansão diferente do que outras capitais do País”, afirma Fonseca.

Conforme o planejamento da SMS, se for necessário, poderão ser direcionados para atendimento exclusivo de pacientes com Covid-19 pelo menos 383 leitos de UTI adulto e 771 leitos de enfermaria adulto. "Falando de leitos de UTI adulto dedicados para a Covid-19, é um aumento de aproximadamente 50% da capacidade de leitos de Porto Alegre que poderão funcionar atendendo pacientes da pandemia", afirma.

Segundo ele, nessa estimativa não está citada a expansão dos hospitais privados. Atualmente, para atendimento de pacientes com Covid-19, o planejamento da SMS trabalha com a reserva de 39 leitos de UTI adulto e 69 de enfermaria; 16 de UTI adulto e 50 de enfermaria no Clínicas; 45 de enfermaria no Hospital Vila Nova. no Hospital Conceição e 69 de enfermaria.

Com relação aos “leitos futuros”, ou seja, que ainda não estão em uso, a expectativa da SMS é de que, até o final de abril, estejam em funcionamento os 105 leitos de UTI adulto do novo prédio do Clínicas. E, como parte da estratégia de enfrentamento ao novo coronavírus, o Grupo Hospitalar Conceição (GHC) vai colocar à disposição da população 18 novos leitos de UTI adulto no Hospital Cristo Redentor.

No local, está sendo adequada a área da unidade 2º C para receber inicialmente pacientes de UTI provenientes do Hospital Conceição que não são portadores de Covid-19. Posteriormente, poderá receber pacientes com Covid-19, conforme a demanda. A unidade deve ser entregue em breve, estando, nesta fase de transição, aguardando por alguns equipamentos ainda necessários.

Pelo menos mais 66 leitos de enfermaria no Hospital Vila Nova, 17 de enfermaria de uma área que era inicialmente dedicada à maternidade no Hospital da Restinga e também pelo menos mais seis de UTI adulto, também no Hospital da Restinga, em um espaço onde são realizadas endoscopias, mas que pode ser adaptado para receber casos graves da doença. E ainda estão previstas medidas avançadas. “Esperamos não chegar nesse ponto”, diz Fonseca.

Segundo ele, se chegarmos a uma etapa avançada de ocupação de todos os espaços destinados para atendimento, ainda poderão ser disponibilizados 15 leitos de UTI adulto e 75 de enfermaria no Hospital São Lucas e ainda 51 leitos de UTI adulto e 28 enfermaria no Pavilhão Pereira Filho da Santa Casa e mais 50 de enfermaria no Clínicas.

Em último caso, de acordo com Fonseca, conforme definido no plano na parte de “medidas extremas”, salas de atendimento das emergências poderão funcionar como se fossem UTI. "Se ocuparmos as áreas de UTI já existentes, pode-se avançar para setores dos hospitais que podem atuar com pacientes graves, tais como as salas de Emergência e Salas de Recuperação Anestésica".

Outro exemplo é transformar uma das UTIs de trauma do HPS em uma UTI para pacientes Covid-19. No total, seriam 383 leitos de UTI e 771 leitos de enfermaria. “Esses seriam os números do plano em sua etapa máxima. Até o momento não estamos usando todos os leitos para atendimento da Covid-19 e nem vamos, pois temos outras doenças para tratar, mas o fato de termos reduzido a velocidade de surgimento de casos graves significa demorar mais tempo para ficarmos próximos da nossa capacidade máxima. Exceto se essa tendência voltar a acelerar”, destaca Fonseca.

"Nosso número de internados pelo novo coronavírus não está crescendo por ora de forma tão acelerada como em outros países muito possivelmente pela precocidade com que Porto Alegre adotou medidas de distanciamento social. Por isso é importante manter os cuidados”, finaliza.

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