Durante entrevista ao vivo para a GaúchaZH nessa terça-feira (21), o governador Eduardo Leite afirmou que a retomada do calendário escolar no Rio Grande do Sul não deve acontecer antes do fim do mês de maio.
Ainda ontem, na live diária no Palácio Piratini, Leite apresentou um plano de distanciamento social controlado, que tem previsão de começar a ser aplicado a partir do próximo dia 1º em todo o Estado.
Segundo o governador, ainda não há definição sobre a volta às aulas e ele não descarta a possibilidade de aplicar o distanciamento programado também nas instituições de ensino. Porém, essa ideia ainda será melhor avaliada.
A preocupação maior de Leite neste momento é que a retomada das atividades escolares segue sendo um ponto crucial para combater a pandemia, uma vez que as crianças voltarão a conviver umas com as outras, e isso pode causar uma infecção assintomática na maioria dos casos e, consequentemente, propagar de forma desenfreada a covid-19.
Na rede estadual, as escolas estão fechadas desde 19 de março. Para tentar compensar a falta de aulas presenciais, estão sendo ministradas aulas programadas, nas quais os professores enviam atividades e tiram dúvidas dos estudantes pela internet.
O chefe do Executico gaúcho seguiu frisando que as decisões em torno da flexibilização de atividades levarão em conta a pesquisa feita pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) sobre a expansão da covid-19 no RS. As entidades que representam as instituições de ensino municipais se dizem apoiar a decisão que o governador acreditar que seja mais cabível neste momento para o RS e estão trabalhando no regime de colaboração, considerando as orientações dos órgãos de saúde.
Para o reitor da UFPel e coordenador da pesquisa, Pedro Curi Hallal, não há nenhuma possibilidade de as aulas voltarem a partir do próximo dia 1º. Na universidade, talvez não aconteça antes de junho, e bem provável que seja mais para frente, como afirmou Hallal, também em entrevista para a GaúchaZH.
Com informações da GaúchaZH