No decorrer desta semana, vários incêndios atingiram pontos de vegetação seca no Rio Grande do Sul. Exemplo disso foi o do Morro do Itacolomi em Gravataí, na Região Metropolitana, e outro de grandes proporções em um banhado de Capão do Leão, no Sul do RS. Na semana passada, mais um grande incêndio destruiu parte de um banhado em Glorinha, também na região da Grande Porto Alegre.
Dados coletados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que abril de 2020 pode terminar como sendo o mês com o maior número de queimadas no Rio Grande do Sul. Os focos de calor foram medidos entre os dias 1° e 21 e mostram que 244 incêndios aconteceram no Estado, número que não era alcançado desde 2009, quando foram registradas 302 queimadas no mês de abril no RS. Nesse mesmo período do ano passado, apenas 54 incêndios atingiram o solo gaúcho.
Os municípios com mais registros de incêndio são: Alegrete, Encruzilhada do Sul, Canguçu e Rosário do Sul. O mês de março já teve recorde no Rio Grande do Sul, com 227 focos de calor. Este número ultrapassou os 225 do ano de 2004, que também foi de estiagem nos primeiros meses. Dessa forma, abril será o terceiro mês consecutivo de queimadas em números muito acima da média, segundo dados do Inpe.
A soma de focos de calor de 1° de janeiro até o dia 22 deste mês chega a 592, sendo o maior registro para o período desde o começo da medição, em 1999. Nessa mesma época no ano passado, o número de incêndios registrados foram 216, menos da metade de agora em 2020.
De acordo com a MetSul Meteorologia, aumenta bastante o risco para incêndios neste final de semana em grande parte do Estado, principalmente, no Oeste. A seca, considerada a mais severa dos últimos 50 anos, faz com que a vegetação fique muito seca, e o calor que retorna ao território gaúcho nos próximos dias agravam a possibilidade de queimadas.
Com informações da MetSul Meteorologia