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Apoiadores de Moro confrontam os de Bolsonaro em frente à PF

Grupos esperam ex-ministro para depoimento sobre inquérito que envolve acusações ao presidente

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02/05/2020 - 18h51min Corrigir

Horas antes da chegada do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro à sede da PF em Curitiba, apoiadores do ex-juiz protagonizam uma disputa contra apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Com gritos de "Moro" e "Mito", os grupos aguardam a chegada do ex-ministro para o depoimento no inquérito aberto para investigar as declarações dele contra o presidente Jair Bolsonaro.

A oitiva deve acontecer com a presença de três procuradores indicados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou a abertura do inquérito no Supremo Tribunal Federal.

O inquérito em questão visa apurar se foram cometidos os crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de Justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação caluniosa e crime contra a honra.

Ao deixar o governo no último dia 24, Moro fez acusações de tentativa de interferência política do presidente na PF. A saída do ex-juiz aconteceu após Bolsonaro determinar a troca do comando da PF, exonerando Maurício Valeixo, braço-direito e homem de confiança do ex-juiz da Lava Jato.

Na manhã deste sábado, Bolsonaro voltou a criticar duramente o ex-ministro, chamando-o de Judas e insinuando que o ex-aliado o teria traído, sem levar adiante as investigações sobre a facada dada no presidente por Adélio Bispo.

Bolsonaro usou suas contas no Facebook e Twitter para divulgar um vídeo em que uma pessoa diz ter identificado vozes de outras pessoas que falariam com Adélio no momento do crime.

"Os mandantes estão em Brasília?", questiona Bolsonaro, nas publicações. "O Judas, que hoje deporá, interferiu para que não se investigasse?", pergunta o presidente, referindo-se a Moro, que neste sábado, 2, presta depoimento à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da União.

"Nada farei que não esteja de acordo com a Constituição. Mas também NÃO ADMITIREI que façam contra MIM e ao nosso Brasil passando por cima da mesma Constituição. Ninguém vai querer dar o golpe para cima de mim, não", escreveu Bolsonaro. 

O caso de Adélio Bispo já teve uma investigação feita pela PF e concluída em 2018, que apontou que não houve apoio externo à sua tentativa de matar Bolsonaro. Uma segunda investigação foi aberta e tem apontado para o mesmo caminho. Bolsonaro insiste que foi vítima de uma ação planejada e que haveria terceiras pessoas ligadas ao atentado.

Mais cedo, Bolsonaro deixou o Palácio do Alvorada sem falar com a imprensa. A apoiadores que estavam na entrada do local, disse que não será alvo de nenhum "golpe" em seu governo. "Ninguém vai fazer nada ao arrepio da Constituição", afirmou o presidente. "Ninguém vai querer dar o golpe para cima de mim, não", declarou.

Após o comentário, Bolsonaro entrou no carro e partiu. A assessoria do presidente não informou o destino de presidente ao deixar o Alvorada.

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