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Marceneiro que luta por auxílio do INSS após ter pernas amputadas encontra agência fechada depois de agendar perícia: 'Indignado'

Peregrinando por benefício há 3 meses, Vitor Hugo Santos chegou a ficar 40 dias em coma, em Goiânia, e passa necessidades. INSS afirma que avisou sobre agências fechadas por causa da pandemia, mas família questiona

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06/05/2020 - 11h03min Corrigir

A família de um marceneiro de Goiânia que teve de amputar as duas pernas após sofrer uma infecção generalizada luta há pelo menos três meses para que ele possa ter direito ao auxílio-doença junto ao INSS. Vitor Hugo Ferreira Santos, que chegou a ficar 40 dias em coma, não consegue trabalhar, está passando por dificuldades e se diz "indignado" com a peregrinação em busca de algo ao qual tem direito.

"A gente fica indignado porque a gente só funciona enquanto está oferecendo os impostos. Agora que estou sem um rendimento, gastando um dinheirão com medicamento, a gente fica sentindo como se não valesse nada, porque nem informação eles dão. Joga a gente fora, praticamente é isso. Deixa a gente indignado”, desabafa.
O INSS informou, em nota, que Vitor Hugo não compareceu à primeira perícia e, portanto, teve o benefício negado (veja mais detalhes abaixo). A família questiona o posicionamento.

Filha de Vitor Hugo, Larissa Ferreira dos Santos foi com ele a uma agência do INSS na manhã de terça-feira (5), alegando que havia uma nova perícia agendada para este dia. No entanto, ao chegar ao local, descobriu que a unidade estava fechada e sem atendimento presencial.

“Ninguém nos atendeu. Não tem informação nenhuma, só alguns cartazes afixados na entrada e não tem nenhuma informação. Aí tem um telefone, 135, que não atende, e outro fixo que não atende, só dá ocupado. No aplicativo, eu olhei ontem à noite para confirmar [ a perícia] e estava confirmada a data de hoje, no mesmo horário", reclama.

Peregrinação

Larissa conta que há três meses tenta, em vão, ter acesso ao benefício para o pai, que chegou a passar por uma perícia enquanto estava no hospital. Porém, ela não sabe dizer o que pode ter dado errado.

"A gente está nessa luta, nessa batalha, desde o final de fevereiro. A gente já agendou algumas vezes a perícia. A primeira vez ele ainda estava internado. Vim representando ele, mas não deu certo. Eles enviaram uma perita ao hospital, ela fez a perícia com ele lá, inclusive, foi no mesmo dia em que ele teve alta do hospital, em 15 de fevereiro", afirma.

Larissa completa: "Essa perita não inseriu o resultado no sistema deles. Eu não sei o que aconteceu, mas eles indeferiram o pedido. A gente esperou 30 dias depois desse indeferimento, agendamos e demorou mais 30 dias, ou seja, hoje tem mais de 60 dias que a gente fez esse agendamento e, mais uma vez, a gente não teve esse atendimento. Não tivemos a informação também que não estaria tendo esse atendimento presencial".

Larissa afirma que o pai tem muitos custos com medicamentos e locomoção e diz que o auxílio nada mais é do que um direito dele. A filha diz ainda que Vitor Hugo teve o auxílio emergencial aprovado, mas que o valor ainda não foi creditado.

"A gente está passando por muitas dificuldades porque ele está acamado. É muito difícil toda a questão de deslocamento, os custos, porque ele está com algumas feridas. O mínimo que a gente precisa é desse auxílio-doença que mal vai pagar o básico para ele. É um absurdo, é humilhante essa situação. É um direito, não é um favor", destaca.

Posição do INSS

Sobre a situação de Vitor Hugo, o INSS se manifestou na seguinte nota:

"O segurado deu entrada em requerimento de auxílio-doença, em 06/02/2020, com agendamento para o dia 25/02/2020, mas não compareceu para a realização da perícia médica e, consequentemente, ocorreu o indeferimento por esse motivo. Vale notar que o atendimento presencial nas agências foi suspenso a partir de 19 de março até o dia 30 abril e houve a prorrogação até o dia 22 de maio. No dia 26/03/2020, foi feito outro requerimento pelo segurado e no próprio sistema já apareceu no ato a informação sobre o procedimento, qual seja, deve-se acessar o gov.br/meuinss e anexar o atestado médico, pois em se tratando de novos requerimentos, o Instituto está pagando o adiantamento de um salário mínimo ao titular. No link temos orientações a respeito do tratamento dessas situações".

Além das alegações anteriores dadas por Larissa, a família pontua que Vitor Hugo não recebeu qualquer adiantamento no valor de um salário e pontuou que todos os documentos já foram inseridos de forma correta.

"Todos esses documentos já foram inseridos anteriormente, já foram apresentados pessoalmente. A própria perita dele já teve acesso, já viu com os próprios olhos a situação do meu pai no hospital, com atestado, com tudo. Não tem dúvidas nenhuma. Está tudo muito claro as necessidades dele", lamenta.

 

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