Economia

Dólar bate recorde e fecha a R$ 5,84; turismo passa dos R$ 6

Nesta quinta-feira, moeda encerrou o dia em alta de 2,51%, efeito puxado pela redução de ontem da taxa Selic

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07/05/2020 - 17h47min Corrigir

O dólar bateu novo recorde nesta quinta-feira (7), cotado a R$ 5,8459, em alta de 2,51%. Pressionado desde a abertura, a moeda subiu após o Banco Central ter surpreendido o mercado ao promover um corte mais intenso que o esperado na taxa básica de juros, reduzindo a Selic de 3,75% para 3% no final da tarde da véspera.

Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 5,8763. Mas o destaque foi o dólar turismo cotado a R$ 6,0535, sem considerar o IOF. É a primeira vez que a cotação de fechamento supera os R$ 6. 

Na parcial da semana e do mês, a alta acumulada do dólar é de 7,47%. No ano, o avanço é de 45,79%.

A cotação de fechamento mais alta até esta quarta havia sido registrada na semana passada, quando a moeda encerrou o dia a R$ 5,65. Na parcial da semana e do mês, a alta acumulada é de 4,84%. No ano, o avanço é de 42,23%.

O Banco Central realizou nesta quinta-feira leilão de até 7,54 mil contratos de swap tradicional com vencimento em setembro de 2020 e janeiro de 2021.

O Copom não apenas cortou a Selic em 0,75 ponto percentual — mais do que a redução de 0,5 ponto esperado por ampla parte do mercado — como indicou possibilidade de outra flexibilização monetária nessa magnitude na próxima reunião do colegiado, nos dias 16 e 17 de junho.

juro básico caiu para 3% ao ano, nova mínima histórica.

Juros ainda mais baixos reduzem o diferencial de taxas entre o Brasil e o mundo, o que prejudica a competitividade do país em termos de atração de capital ávido por retornos. Soma-se a isso o momento em que mercados emergentes de forma geral sofrem fortes saídas de recursos por causa da crise do Covid-19.

Já na quarta, analistas comentaram o potencial de impacto da decisão do Copom sobre o câmbio.

"Essa decisão vai trazer pressão sobre o dólar, especialmente numa situação em que a taxa Selic tem pouco impacto agora sobre condições de crédito, que está emperrado. E vai adicionar componente de risco na curva de juros", disse à Reuters João Maurício Rosal, economista-chefe da Guide Investimentos.

Na avaliação dos economistas da Itaú Asset Management, a avaliação de que o Copom levará a Selic a 1,5% este ano está mantida. A gestora era uma das casas que já apostava em uma redução mais agressiva da Selic e mantém a visão de que o juro básico pode ir a níveis inferiores a 2%, embora aponte que “há uma disposição do BC em encerrar o ciclo prematuramente por conta dos riscos fiscais e dos seus efeitos sobre os ativos de risco no Brasil”.

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