Economia

Micro e pequenas empresas enfrentam dificuldades para conseguir crédito em meio a crise da pandemia no RS

Levantamento do Sebrae aponta que 37% dos empresários gaúchos conseguiram financiamento nos bancos. Com isso, empresas têm demitido funcionários

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24/05/2020 - 19h45min Corrigir

Um levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do RS apontou que 37% das micro e pequenas empresas gaúchas, que buscaram empréstimos em meio a crise provocada pela pandemia do coronavírus, conseguiram aprovação dos bancos. O restante, cerca de 40% teve o pedido negado e 23% ainda aguarda a resposta.

O diretor superintendente do Sebrae/RS, André Vanoni de Godoy, destaca que mesmo em meio à pandemia, os bancos não mudaram os critérios de liberação de crédito.

"Eles mantiveram o nível de exigências que eles fariam para uma operação normal de financiamento. Primeiro que nós estamos saindo de uma crise e caímos no meio de outra, então, os empresários já vinham com dificuldades para manter seus cadastros positivados. Muitos deles estão com restrições de crédito. Então, dificulta muito as exigências dos bancos", afirma o diretor.

Uma nova linha com juros subsidiados será oferecida por bancos estatais, cooperativas e bancos digitais. A falta de recurso já atinge 64% das micro e pequenas empresas gaúchas, segundo o Sebrae.

"O Pronanp, que é um programa para financiamento da micro e pequena empresa, que visa alcançar recursos para capital de giro e para investimento. Esse sim pode ajudar o empresário a fazer frente a suas necessidades. Dá mais liquidez para o empresário."

 

O Sebrae espera que o programa comece a operar em 15 e 20 dias. Segundo o Serviço, 99% das empresas brasileiras são micro ou pequenas, e respondem por 55% dos empregos com carteira assinada.

Em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre, a Grupo Colmeia demitiu sete funcionários. O dono solicitou empréstimo, mas dois bancos privados negaram o valor subsidiado pelo Governo Federal para a folha de pagamento.

"Daria um alívio muito grande, porque hoje nosso maior custo é com a folha de pagamento. A gente conseguiria pagar todos nossos fornecedores em dia e pegando novos pedidos" afirmou o diretor, Julio Delfino.

O empréstimo poderia ser usado para pagar até dois meses dos salários dos trabalhadores com carteira assinada, limitado a dois salários mínimos cada. O juro ficaria em torno de 0,3% ao mês, com carência de seis meses e parcelado em 36 vezes para a empresa.

Em Porto Alegre, Yuri Yefinczuk também teve o pedido negado pelo banco, mesmo sendo cliente desde 1992 e não possuir dívidas. Ele demitiu 10 dos 12 funcionários.

"Eu tive o limite de crédito aprovado pelo banco, os funcionários estavam na folha de pagamento pelo banco. Quando nós fomos querer usar, na virada do mês, para fazer o pagamento, nós descobrimos que já não estava mais disponível. Quando consultamos a gerência, foi dito que o recalculo, a taxa de risco aumento, portanto não estava mais disponível."

A Federação Brasileira dos Bancos afirmou que as instituições já pré-aprovaram 75% dos pedidos de financiamento para folha de pagamento no país. E 20% foram negados devido às dividas das empresas.

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