O dólar opera em forte queda nesta segunda-feira (25), dando continuidade às perdas da sessão anterior, com maior apetite por risco no exterior e com os investidores de olho no noticiário político local.
Às 12h04, a moeda norte-americana caía 2,16%, cotada a R$ 5,4638. Na mínima até o momento chegou a R$ 5,4532, recuando a mínimas que não eram registradas desde o fim de abril .
Já a Bovespa opera em alta de mais de 3%.
Na sexta-feira, o dólar fechou a R$ 5,5842, com leve alta de 0,06%. No ano, a moeda tem alta de 39,26%. Na parcial do mês, o avanço é de 2,66%.
O Banco Central realizará nesta segunda-feira leilão de swap tradicional de até 12 mil contratos com vencimento em setembro de 2020 e fevereiro de 2021. Também fará leilões de venda conjugados com leilões de compra de até US$ 2 bilhões em linhas para rolagem do vencimento de 2 de junho.
Cenário externo e interno
Segundo a agência Reuters, o mercado ainda repercutia o vídeo da reunião ministerial com divulgação autorizada pelo STF e cujo material, na visão de analistas de mercado, não trouxe elementos novos com potencial de trazer maiores complicações políticas para o presidente Jair Bolsonaro.
"Não obstante, a crise política deve continuar, dessa vez com o foco nas acusações de Paulo Marinho sobre vazamentos da Operação Furna da Onça por um delegado da PF para Flávio Bolsonaro", avaliou a Guide Investimentos.
Nesta sessão, a moeda brasileira liderava os ganhos entre os principais rivais, num dia de performance mista para o dólar no mundo e sem a referência de Wall Street, cujas operações permaneciam fechadas pelo feriado do Memorial Day.
Na agenda do dia, os economistas do mercado financeiro baixaram pela 15ª vez seguida a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A expectativa para o tombo da economia no ano passou de 5,12% para 5,89%. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 avançou de R$ 5,28 para R$ 5,40.
Pesquisa divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou leve alta na confiança dos consumidores em maio, com recuperação de apenas 13,2% da queda de 29,6 pontos acumulada nos dois meses anteriores. No exterior, a reabertura da economia em mais países contribui para um maior otimismo dos investidores, apesar das persistentes incertezas sobre os impactos e duração da crise da pandemia do coronavírus.