Polícia

Ação em Rio Pardo contra supostos desvios na saúde termina com prisões e apreensões de notebooks

Desde o início do ano, PF investiga supostas irregularidades envolvendo associação que responde pela gestão do Hospital Regional do Vale do Rio Pardo

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27/05/2020 - 12h24min Corrigir

O prefeito de Rio Pardo – também presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) –, Rafael Reis Barros (PSDB) e o procurador do município, Milton Coelho, foram presos temporariamente no início da manhã desta quarta-feira. O secretário de Saúde, Augusto Pellegrini, foi afastado do cargo. A ação ocorreu durante as medidas judiciais cumpridas pela força-tarefa formada pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, Ministério Público Federal e Ministério Público do Rio Grande do Sul.

Os policiais buscam documentos na prefeitura de Rio Pardo e também no Hospital Regional do Vale do Rio Pardo. Os policiais chegaram ao prédio do Executivo municipal por volta das 6h. Às 7h o local foi aberto. O grupo apreendeu notebook e celular da Secretaria de Saúde. Há também policiais no Hospital Regional do Vale do Rio Pardo.

A força-tarefa cumpre medidas judiciais em investigação que apura crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção passiva, organização criminosa, ocultação de bens, crime de responsabilidade e desobediência. A Operação Camilo foi deflagrada nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e no Rio de Janeiro, com o cumprimento de 61 mandados de busca e apreensão, 15 de prisão temporária, além de medidas judiciais de arresto/sequestro de bens móveis e imóveis, bloqueio de valores depositados em contas dos investigados e de empresas e afastamento cautelar de funções exercidas por servidores públicos municipais. 

As ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região e pela Justiça Estadual de Rio Pardo/RS. O prejuízo estimado que está sob suspeita, até o momento, é de R$ 15 milhões em recursos da saúde repassados pela União e pelo estado do Rio Grande do Sul a uma Organização Social.

A reportagem tentou contato com a prefeitura, o PSDB e a empresa envolvida na operação, mas não obteve retorno até a publicação da matéria. 

Esquema de desvio de dinheiro

Desde o início do ano, a Polícia Federal investiga supostas irregularidades envolvendo a Associação Brasileira do Bem-Estar Social, Saúde e Inclusão (Abrassi), que responde pela gestão do Hospital Regional do Vale do Rio Pardo desde dezembro de 2017. Para administrar o estabelecimento de saúde, a Abrassi recebe mensalmente em torno de R$ 2,5 milhões, a maior parte do Estado e União. A instituição é referência em urgência e emergência e atende uma população de 145 mil habitantes de 11 municípios, integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A Abrassi quarteirizou pelo menos quatro empresas para prestar serviços junto à casa de saúde possuem sócios ligados à Associação São Bento (ASB), com sede no Bairro Petrópolis, em Porto Alegre, que está no centro de diversas denúncias de irregularidades. As investigações apontam um suposto esquema criminoso envolvendo estas empresas, gestores da organização e servidores públicos para o superfaturamento de valores cobrados pelos serviços prestados, com o uso de recursos públicos repassados pela União e pelo Estado.

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