Em entrevista concedida para o portal de notícias Blog do Juares (BJ) na tarde desta quarta-feira (3), o irmão do empresário camaquense Luciano Castilhos Puchalski, falecido no último domingo (31), afirmou que ele morreu em decorrência de um tumor no cérebro. Juliano Puchalski procurou o BJ para prestar esclarecimentos sobre o relatório oficial divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), que confirmou o óbito de Luciano como por decorrência da covid-19.
De acordo com ele, o irmão faleceu por conta de uma hemorragia cerebral. Ainda conforme o relato de Juliano, os sintomas do tumor começaram a se manifestar no dia 22 de maio, quando Luciano passou a sentir fortes dores na cabeça e mal estares. Um dia depois, o empresário foi atendido no Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA) e descobriu que estava com algo grave. Ele, então, foi encaminhado para o Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, onde recebeu o diagnóstico de que se tratava de um tumor no cérebro de cerca de 4 cm.
No dia 26, Luciano recebeu alta hospitalar em Porto Alegre e retornou para Camaquã. No entanto, seu quadro de saúde foi se agravando e dois dias depois, voltou a ser internado na capital. Ele teve uma hemorragia cerebral irreversível por meio de drenagem, entrou em coma, vindo a falecer aos 49 anos, na manhã do dia 31.
Nesse meio tempo, houve a suspeita de coronavírus na família e foram testadas aquelas pessoas que mantiveram contato com uma prima que teve covid-19, confirmando quatro casos. Segundo Juliano, essa prima, que é médica e mora em Porto Alegre, se infectou pelo novo coronavírus, tendo cumprido o isolamento recomendado por 18 dias. Após esse período, ela veio a Camaquã no dia 22 de maio para visitar os familiares, já sendo considerada recuperada da doença. Porém, mesmo sem saber, acabou transmitindo a doença para alguns parentes, entre eles, Luciano, a mãe e os dois filhos, sendo todos assintomáticos.
Inclusive, o empresário, de acordo com o irmão, teria sido aconselhado pela prima médica a procurar atendimento no hospital por conta das dores de cabeça. O resultado do teste para coronavírus de Luciano só saiu ontem (2), já com a confirmação do óbito em decorrência da doença, conforme a SES.
Juliano não negou o contágio do irmão, mas acredita que não houve tempo para covid se manifestar e ocasionar seu óbito, já que Luciano faleceu em menos de 10 dias. Ele agradeceu o apoio da Secretaria Municipal da Saúde e da Prefeitura de Camaquã neste momento, assim como o espaço oferecido pela imprensa local para que ele pudesse esclarecer a situação.
Ele espera que os órgãos públicos municipais resolvam o equívoco com a SES. O contador alega que não sabe qual o critério utilizado pela pasta para notificar os óbitos pelo novo coronavírus no Estado, mas que deseja que o assunto seja encerrado o mais breve possível, em respeito à dor da família e memória do irmão. Juliano esclareceu também que ele e seus filhos realizaram testagem para a covid-19, tendo saído o resultado do exame nesta manhã, negativando todas as análises.
Confira a entrevista na íntegra:
