Polícia

MPRS deflagra operação contra a lavagem de dinheiro com veículos furtados de locadoras

Facção criminosa da região do Vale do Rio dos Sinos não devolvia carros alugados das empresas

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04/06/2020 - 08h52min Corrigir

O Ministério Público do Rio Grande do Sul investiga um esquema de lavagem de dinheiro com veículos furtados de autolocadoras cometido pela facção criminosa Os Manos, sediada na região do Vale do Rio dos Sinos. Ao amanhecer desta quinta-feira, a Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre deflagrou uma operação para apreender documentos, celulares, mídias eletrônicas e dinheiro, entre outros. Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Gravataí, Alvorada, Sapucaia do Sul, Bom Retiro do Sul e Cachoeirinha.

O material apreendido será analisado para um maior detalhamento da atuação da organização criminosa e a consequente responsabilização de seus integrantes, sendo ainda colhidos depoimentos dos envolvidos. A ação contou com apoio do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do próprio MPRS e dos policiais militares do 1º Batalhão de Polícia de Choque (1º BPChq) da Brigada Militar.Segundo o promotor de Justiça Ricardo Herbstrith, as investigações do MPRS começaram em 2018 a partir de informação do Sindicato das Locadoras de Veículos sobre a existência de um grande volume de desaparecimento de veículos mediante fraude. Alguns veículos eram trocados por drogas e armas. “Naquele ano foram mais de 400 no Rio Grande do Sul, sendo que apenas uma locadora teve em torno de 100 automóveis subtraídos de seu patrimônio em Porto Alegre”, observou.

O trabalho investigativo apontou que não se tratava de uma prática isolada, mas de uma ação organizada da facção criminosa que utilizava documentos falsos para locar os veículos, que nunca mais eram devolvidos e passavam a integrar um mercado ilegal de locação, principalmente para uso por motoristas de aplicativos de mobilidade urbana. “Trata-se de uma fonte de renda e uma forma de lavagem de dinheiro desta facção, que vive basicamente do tráfico de drogas”, avaliou.

Ricardo Herbstrith revelou ainda que, em mais de um ano de investigação do MPRS, foram identificadas inúmeras transações e muitas outras foram impedidas. “Hoje realizamos buscas no sentido de coletar algum material restante, necessário, para responsabilizar esta organização criminosa e seus integrantes, na área criminal, e também estabelecer junto às instituições envolvidas mecanismos para impedir a continuidade desta prática”, explicou.

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