Um dos policiais militares envolvidos no caso da mulher que foi morta após uma operação policial responde a outros três processos na Justiça Militar no Rio Grande do Sul. De acordo com a promotora Isabel Barros, o soldado Régis Souza de Moura já foi condenado em primeira instância, em um desses processos, a sete meses de prisão.
Dorildes Laurindo, de 56 anos, que morreu na última terça (2), foi baleada, no dia 17 de maio, enquanto estava em um carro de aplicativo de carona, dirigido por um foragido em Gravataí. Ela estava com um amigo, o angolano Gilberto Almeida. Eles voltavam de Tramandaí e não faziam ideia de que o motorista era um homem procurado pela polícia.
A promotora relatou que a condenação de Régis foi por invasão de domicílio e agressão contra um adolescente, durante uma abordagem que aconteceu em 2016, em Gravataí.
O Ministério Público também acusou o soldado por agredir, junto com outros dois colegas, um carroceiro, em 2018. O soldado, que tem 35 anos e 11 de atuação na Brigada Militar, ainda responde por um terceiro processo também com relatos de violência.
Ainda segundo a promotora, o histórico de violência do policial será levado em consideração no oferecimento da denúncia e também no julgamento, inclusive na decisão da pena do brigadiano julgado.
Sobre os outros dois policiais que atuavam na ocorrência que matou Dorildes e feriu o angolano Gilberto, um deles possui um procedimento aberto sem indiciamento, e o outro, não tem processo na Justiça Militar. Segundo o Comando Metropolitano da Brigada Militar, há possibilidade de expulsão dos policiais.
