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Prefeito de Porto Alegre anuncia restrições nas atividades de shoppings e comércios

Restaurantes e academias também serão impactados com as novas medidas. Decisão ocorre pelo aumento na velocidade de pacientes internados com covid-19 na capital

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13/06/2020 - 19h35min Corrigir

O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, anunciou na tarde dessa sexta-feira (12) que os shoppings da capital, assim como lojas que faturam mais de R$ 360 mil por ano, academias, bares e restaurantes sofrerão restrições nas atividades a partir de segunda-feira (15).

Marchezan não detalhou quais serão as normas de restrição, nem se outros setores serão serão afetados. Mas, entre as medidas, as academias terão atendimento individual e os restaurantes poderão receber clientes até as 23h.

A decisão foi motivada pela velocidade no aumento de pacientes internados com covid-19 nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de Porto Alegre. Em sete dias, houve um crescimento em 43,7% nos casos de internação, segundo a prefeitura.

Atualmente, Porto Alegre tem 174 leitos de UTI destinados a pacientes com coronavírus. Destes, 37,9% estão ocupados. Caso os números seguissem com a mesma velocidade, em cerca de 15 dias, 100% dos leitos destinados ao coronavírus estariam ocupados.

"As decisões de hoje são baseadas na velocidade e não na ocupação total dos leitos. Temos capacidade para atender a demanda atual e o eventual crescimento da demanda. Não é o crescimento da demanda de leitos que nos assusta. O que fez acender o sinal de alerta foi a velocidade da demanda", explicou o prefeito, em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais.

A decisão frustra a previsão anterior de flexibilizações para a próxima semana. E Marchezan não descarta mais medidas de restrições nos próximos dias.

"Durante a semana vamos acompanhar a evolução dos números para verificar se a gente precisa ter, durante a semana que vem, ações de restrições maiores para evitar que, no futuro, a gente tenha uma demanda acima da capacidade", disse.

Porto Alegre chegou a ter, logo após o começo da pandemia, um índice de 71% de isolamento social, em 22 de março. Em 1º de junho, havia caído para 41% e, no dia 9, 37%. Líderes comunitários estão preocupados com a despreocupação de alguns moradores.

"A comunidade não tá levando a sério. Acham que é uma doença que pega só na elite, que, na periferia, não pega, que é uma gripezinha", diz Ilson Renato Marques, do bairro Mário Quintana.

Em 1º de abril, a prefeitura declarou estado de calamidade pública em função do coronavírus. Os serviços que não eram considerados essenciais foram todos fechados. Em 19 de maio, bares, restaurantes, shoppings e museus voltaram a funcionar com restrições. O novo decreto permitia a realização de missas e cultos com capacidade reduzida e maior público dentro de academias.

No entanto, no fim do mês, o decreto de calamidade pública foi prorrogado por mais 30 dias. Com ele, as medidas de distanciamento em restaurantes, por exemplo, foram ratificadas.

Marchezan ressalta que os resultados dessas novas restrições poderão ser percebidos entre 15 e 20 dias. "As decisões de hoje [sexta] em relação à suspensão de atividades não terão reflexo nos próximos dias. As decisões de hoje terão reflexo em 10, 14, 15 dias futuros", apontou o prefeito.

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