São vários os indícios que apontam para um novo adiamento da retomada do Campeonato Gaúcho. Os principais são o aumento no número de contaminados com coronavírus e as restrições na capacidade dos hospitais para atendê-los, que levarão a novas restrições impostas pelos governos municipal e estadual. A princípio, o plano da Federação Gaúcha de Futebol era voltar a disputar a competição a partir da segunda quinzena de julho. Ou seja, daqui a um mês.
Outro sinal de que o ambiente não está propício para a retomada do Gauchão foi o cancelamento de uma reunião que seria realizada sexta-feira à tarde, no Palácio Piratini. No encontro, o presidente da FGF, Luciano Hocsman, apresentaria ao governador Eduardo Leite os protocolos preparados pelos médicos e as técnicas da entidade para a realização dos jogos. Todos seriam sem presença de público.
O encontro, entretanto, foi cancelado poucas horas antes da previsão de início. Leite já reiterou várias vezes que só autorizará a volta do Gauchão em cidades onde está em vigor a bandeira amarela, segundo o modelo de distanciamento controlado elaborado pelos técnicos do governo. Em momento algum, ele acenou com qualquer sinal de flexibilização.
No momento, são muito poucas as regiões do Estado nesta situação. Porto Alegre, que tem Inter, Grêmio e São José, além de Caxias do Sul, sede de Juventude e Caxias, vivem, neste momento, sob a bandeira laranja – onde está proibida a prática do futebol. Além disso, Leite antecipou que algumas regiões do Rio Grande do Sul correm o risco de regredir no esquema das bandeiras, recuando para a vermelha. O novo mapa do modelo de distanciamento controlado deve ser divulgado neste sábado.
A partir deste novo cenário, uma nova reunião do presidente da FGF com o governador deverá ser marcada para algum momento da próxima semana. Tudo indica, porém, que a retomada do Gauchão ganhou novos obstáculos nos últimos dias.
