Polícia

Dura cerca de três horas a reconstituição da morte de menino de 11 anos no Norte do RS

Para a polícia, motivação de Alexandra Dougokenski para o crime está ficando cada vez mais clara, porém, só será divulgada ao final do inquérito

Compartilhe:
19/06/2020 - 09h42min Corrigir

Em pouco mais de 3 horas, a mãe do menino Rafael Mateus Winques, de 11 anos, reconstituiu a noite em que alega ter tirado a vida do próprio filho e ocultado o corpo em Planalto, na Região Norte do Estado.  

A reconstituição do crime começou por volta das 21h e foi conduzida por uma equipe do Instituto Geral de Perícias (IGP). Jean Severo, advogado de defesa de Alexandra Dougokenski, acompanhou todo o trabalho de perto. 

Os policiais levaram objetos em sacos para dentro da casa para reproduzir a cena. Mais tarde, às 23h15, a ré passou pelo lado de fora da casa dos vizinhos carregando um boneco, que simulava o corpo de Rafael, percorreu a parte externa e foi até à garagem onde o cadáver foi encontrado. 

Foi pedido pela perícia para que todas as luzes não naturais fossem desligadas a fim de que houvesse condições semelhantes às da noite do crime, uma vez que o local é escuro naturalmente. A reconstituição foi encerrada logo depois da meia-noite.  

O irmão de Rafael, de 17 anos, que inicialmente também participaria, foi dispensado da reprodução do crime. A Polícia Civil alegou que a presença do adolescente não era necessária uma vez que ele apenas ouviu barulhos e não presenciou os fatos. Porém, a investigação também tomou o depoimento dele com a presença do Conselho Tutelar, já que é menor de idade. 

A defesa fez algumas objeções sobre questões técnicas, já que não havia recebido o laudo com a causa mortis do menino. A polícia concordou e irá refazer as perguntas em novo interrogatório.

De acordo com o delegado Joerberth Nunes, do Departamento de Polícia do Interior, a versão de Alexandra ocorreu conforme o depoimento dela à polícia. “Parte do que ela fala encontra respaldo real, mas tem alguns aspectos, e montamos um organograma cronológico, que são incompatíveis com a realidade. Se de fato está omitindo alguns elementos, nossa obrigação é saber o por quê”, afirmou o delegado. Se houvesse inconsistência ou se os peritos julgassem que houve algum ponto inexplicado, as cenas seriam repetidas, o que não ocorreu.

Os advogados de Alexandra relatam que ainda não receberam o laudo com a causa mortis. Porém, o delegado Joerberth admitiu que foram encontrados resquícios de um medicamento na urina de Rafael. A perícia avalia, entretanto, se a dose era suficiente para causar a morte do menino ou se ele foi morto por asfixia mecânica, de acordo com o primeiro laudo.

O caso segue sendo tratado pela polícia como homicídio doloso, quando há a intenção de matar. Segundo Eibert, a polícia começa a enxergar a motivação de Alexandra para cometer o crime, mas isso só vai ser realmente divulgado ao final do inquérito policial.  

O IGP justifica que a demora na divulgação do laudo, que é contestada pela defesa de Alexandra, se deve a uma demanda muito alta das análises, e que elas envolvem procedimentos um pouco mais demorados. O instituto informou, ainda, que o resultado da reconstituição deve sair em torno de 30 dias, o que pode variar conforme a complexidade do que for encontrado.

Alexandra deve prestar um novo depoimento nesta sexta-feira (19), em Porto Alegre. A mulher seguirá presa, mas o prazo da prisão preventiva dela está perto de expirar e a polícia deverá pedir a prorrogação.
 
Com informações do G1 RS

MAIS NOTÍCIAS

COMERCIAL EM INGLÊS BLOG DO JUARES
FUNERÁRIA CAMAQUENSE
BJ RÁDIO WEB | CAMAQUÃ (RS)
CÂMERAS
TBK INTERNET
AABB
COMERCIAL BLOG DO JUARES
FUNERÁRIA BOM PASTOR
Mais Lidas
COMERCIAL EM INGLÊS BLOG DO JUARES
FUNERÁRIA CAMAQUENSEBJ RÁDIO WEB | CAMAQUÃ (RS) CÂMERASTBK INTERNETAABBCOMERCIAL BLOG DO JUARESFUNERÁRIA BOM PASTORSUPER SÃO JOSÉ