Economia

"Nós estamos trabalhando para que o comércio continue aberto", afirma prefeito de Tapes em vídeo

Silvio Rafaeli, que também é presidente do Consórcio Intermunicipal Centro-Sul, disse que junto dos prefeitos da região irá interpor um recurso que coloque parte dos municípios no socorro de Pelotas e Rio Grande para, assim, desafogar a região da capital

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21/06/2020 - 11h29min Corrigir

Na noite desse sábado (20), o presidente do Consórcio Intermunicipal Centro-Sul e prefeito de Tapes, Silvio Rafaeli, gravou um vídeo que foi publicado na página da Rádio Web Tapes em que explica quais medidas ele, juntamente com os demais prefeitos da região, pretende tomar para reverter a situação da classificação de bandeira vermelha imposta pelo Distanciamento Controlado na atualização de ontem.  

Segundo Rafaeli, os chefes do Executivo municipal da região, com a frente tomada pelo prefeito de Camaquã, Ivo de Lima Ferreira, irão trabalhar neste domingo (21) para interpor um recurso que coloque alguns municípios no socorro de Pelotas e Rio Grande, no intuito de desafogar o atendimento da alta complexidade de Porto Alegre e região metropolitana. Se o governador do Estado, Eduardo Leite, aceitar a proposta, a troca para a bandeira vermelha não seria necessária.  

“O nosso intuito aqui é manter o nosso comércio aberto. Sabemos que o nosso comércio não é o vilão, embora eu tenha hoje (20) tido notícias muito ruins nesse sentido que as pessoas, mesmo no comércio, só colocam a máscara quando o cliente está entrando. Então, as pessoas também não se cuidam dentro do comércio. Então, a gente tem que ter consciência de que se a gente quer continuar com o comércio aberto, nós temos que ter consciência de usar máscara, usar álcool em gel e ter as precauções para a gente não transmitir esse vírus”, afirmou Rafaeli. 

A partir disso, o parlamentar salientou que a responsabilidade de lutar para que o comércio siga aberto não é só dos governantes, mas que a população tem que colaborar, fazendo a sua parte. “Nós estamos trabalhando para que o comércio continue aberto. Nós somos parceiros do comércio”, completou. Mas, além de cumprir com os protocolos de etiqueta respiratória e higiene recomendados pelos órgãos oficiais de saúde, Rafaeli pediu também para que as pessoas fiquem em casa e só saiam em caso de extrema necessidade, além de evitar as aglomerações.  

Nesta segunda-feira (22), o recurso será interposto e começará a ser analisado pelo Gabinete de Crise do Governo do Estado para, posteriormente, emitir o parecer definitivo, seja ele favorável ou não. Se o recurso for aceito, a região permanecerá na bandeira laranja a partir da terça-feira (23). Mas se não, neste mesmo dia, passarão a vigorar as medidas ainda mais restritivas de funcionamento das atividades do comércio, impostas pelas diretrizes da bandeira vermelha do Distanciamento Controlado até o próximo dia 29. 

O Consórcio Intermunicipal Centro-Sul é composto pelos municípios de Amaral Ferrador, Arambaré, Barra do Ribeiro, Camaquã, Canguçu, Cerro Grande, Chuvisca, Cristal, Dom Feliciano, Guaíba, Mariana Pimentel, São Lourenço do Sul, Sentinela do Sul, Sertão Santana e Tapes. 

Entenda

Nesse sábado (20), seis regiões do RS estão classificadas na bandeira vermelha nesta sétima rodada do Distanciamento Controlado. Com o alto índice de ocupação dos leitos de UTI adulto em hospitais de Porto Alegre nos últimos dias, principalmente por pacientes com síndromes respiratórias, o governador Eduardo Leite anunciou que a macrorregião da capital do Estado é uma dessas que foram para a bandeira vermelha, com risco médio de propagação da covid-19 e baixo índice de atendimento de saúde.

Composta por 25 municípios, incluindo Camaquã, Barra do Ribeiro, Arambaré, Cerro Grande do Sul, Dom Feliciano, Chuvisca, Guaíba, Mariana Pimentel, Sentinela do Sul, Sertão Santana e Tapes, a região terá que adotar medidas ainda mais restritivas de funcionamento do comércio em geral já nesta terça-feira (23). As outras regiões são de Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Canoas e Palmeira das Missões. Já a região de Pelotas, a qual CristalAmaral Ferrador e São Lourenço do Sul fazem parte, apresentou piora nos indicadores que calculam o modelo e saiu da bandeira amarela para a laranja.

A bandeira vermelha representa restrições ainda mais acirradas no funcionamento do comércio em geral. Por exemplo, somente os estabelecimentos considerados essenciais (como farmácias, bancos, lotéricas e supermercados) podem abrir com apenas 50% dos funcionários e colaboradores. Restaurantes e lancherias ficam proibidos de receber clientes no local, mas podem atender em sistema de tele-entrega e tele-busca. 

Nos municípios com shoppings, também fica permitido o acesso apenas a serviços essenciais, que podem operar com apenas 25% da capacidade de público. Cursos livres, cujo funcionamento estava permitido, com respeito às medidas sanitárias, desde o dia 15 de junho, devem permanecer fechados, assim como escolas de ensino infantil, fundamental e médio e universidades, que continuarão com atividades de maneira remota.

Academias, missas e serviços religiosos, clubes sociais e esportivos (mesmo que com atendimento individual), e serviços de higiene pessoal, como cabeleireiro e barbeiro, por exemplo, passam a ser totalmente vedados. Acesse o site do distanciamento social controlado e saiba mais detalhadamente o que e como pode funcionar cada setor econômico de Camaquã e região, conforme as medidas do decreto de distanciamento social controlado. Basta digitar o nome do município na busca, selecionar o setor e fazer download do material explicativo.

Resumo do funcionamento das atividades

Agropecuária: 50% do teto 

Hotelaria: 40% da capacidade de quartos disponíveis 

Comércio de rua: suspenso 

Serviços de manutenção e reparação de veículos automotores: 25% 

Comércio atacadista não essencial: 25% nas modalidades drive thru, tele entrega e pegue e leve 

Construção: 75% 

Indústria de transformação e extrativista: não essenciais (50%) e essenciais (75%), adotando teletrabalho e sistema de escalas 

Saúde: 100% e veterinária 50% 

Serviços de lavanderia, reparos, manutenção de objetos considerados essenciais: 25% 

Transportes: 50% dos assentos da janela disponíveis 

Com informações da Secom RS

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