Geral

Camaquã e região permanecem na bandeira vermelha após atualização do Distanciamento Controlado

Ao todo, nove regiões foram classificadas com risco alto de contágio pelo coronavírus e capacidade média ou baixa de atendimento na oitava atualização prévia do modelo

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27/06/2020 - 10h45min Corrigir

A macrorregião de Porto Alegre permanece classificada na bandeira vermelha na oitava rodada do Distanciamento Controlado, divulgada preliminarmente nessa sexta-feira (26). Com isso, Camaquã e municípios da região também seguem inseridos nos protocolos que determinam restrições ainda mais rígidas quanto ao funcionamento das atividades comerciais em geral. Esta será a primeira semana completa em que os municípios estarão sob vigência das diretrizes da bandeira vermelha.

Em reunião na segunda-feira (22), os prefeitos do Consórcio Intermunicipal Centro-Sul propuseram ao governador Eduardo Leite e a secretaria estadual da Saúde, Arita Bergmann, a criação de uma microrregião da Costa Doce dentro do modelo, que compreenderia no perímetro de Barra do Ribeiro até Cristal, no intuito de desafogar o atendimento da Região Metropolitana. Porém, o interposto não foi aceito por conta de nenhum dos municípios que pertenceriam à região terem um hospital de alta complexidade, com leitos de UTI disponíveis, como referência.  

Leite permitiu, no entanto, que os municípios que não registraram mortes e internações por conta da covid-19 nos últimos 14 dias, até o dia 20, pudessem flexibilizar as regras e adotar os protocolos da bandeira laranja. Essa medida não atingiu Camaquã, que notificou duas mortes em decorrência da doença entre os dias 14 e 17 de junho, além de um paciente internado na alta complexidade de Rio Grande dentro do prazo estipulado pelo governador para poder valer a flexibilização. Arambaré e Chuvisca também adotaram as diretrizes do Distanciamento Controlado quanto à bandeira vermelha, já que ambos estão com pacientes positivos para covid internados, sendo o de Arambaré em leito de UTI em Rio Grande e o de Chuvisca no Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA).  

Leia também: Bandeira vermelha: o que pode e o que não pode funcionar

Além das quatro regiões que já estavam na bandeira vermelha, o mapa do Distanciamento Controlado apontou piora nos indicadores em outras cinco regiões. São elas: Caxias do Sul, Erechim, Palmeira das Missões, Passo Fundo e Santo Ângelo. Somadas a Porto Alegre, Capão da Canoa, Novo Hamburgo e Canoas, o Estado tem, portanto, nove regiões na bandeira vermelha na rodada preliminar do modelo, divulgada nesta sexta-feira (26). 

Somente as regiões de Taquara e Bagé se encontram em bandeira amarela, com risco baixo de propagação da covid-19. As regiões de Santa Maria, Uruguaiana, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Pelotas, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul e Lajeado estão em bandeira laranja, que aponta risco médio. Já a região de Santa Rosa passou da bandeira amarela para laranja nesta rodada. 

As regiões de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo e Capão da Canoa permanecem em bandeira vermelha pela segunda semana consecutiva. A região de Caxias do Sul, que esteve em bandeira vermelha na semana retrasada e em laranja na semana que se encerra, retorna à bandeira vermelha. 

Assim, as cinco regiões devem seguir a regra que diz que, se fossem classificadas na bandeira final vermelha por dois períodos consecutivos ou alternados dentro do prazo de 21 dias, só poderão ser reclassificadas para bandeira menos restritiva depois de preencherem os requisitos por, pelo menos, dois períodos consecutivos de mensuração. 

O Decreto 55.322 permite que municípios sob bandeira vermelha sem registro de hospitalização e óbito por covid-19 de algum morador nos últimos 14 dias e que mantenham rigorosamente atualizados os registros nos sistemas oficiais poderão adotar, por meio de regulamento próprio, protocolos para as atividades previstas na bandeira laranja. No mapa preliminar da 8ª semana, de um total de 301 municípios abrangidos pela bandeira vermelha, 185 poderão adotar protocolos previstos na classificação laranja. 

Os municípios que quiserem apresentar recursos ao mapa preliminar podem preencher o formulário neste link.

O prazo para o envio termina às 8 horas do domingo (28). Até a tarde da segunda-feira (29), o Gabinete de Crise analisará os dados enviados e rodará o mapa novamente, cuja definição final será divulgada na segunda à tarde. As bandeiras definitivas passam a valer, portanto, a partir de terça-feira (30).

Situação geral

O número de novos registros de hospitalizações por covid-19, nos últimos sete dias, comparado com a semana anterior, apresentou aumento de 20%, passando de 512 para 613. O mesmo se observa com o número de internados em leitos clínicos para covid-19, que passou de 365 para 478 – crescimento de 31%.

A quantidade de internados em UTI por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) passou de 366 para 459. O agravamento também é observado no número de casos ativos na última semana, que alcançou 3.340. Por fim, com relação ao número de leitos de UTI livres no último dia, o quantitativo reduziu de 587 para 264.

Um dos principais fatores que levaram a consolidação das bandeiras vermelhas e laranja é o agravamento do indicador de capacidade de atendimento (número de leitos de UTI livres para cada leito ocupado por pacientes de covid-19), mensurada no Estado como um todo. Até a rodada anterior, o indicador recebia a bandeira laranja, mas na rodada atual atingiu bandeira vermelha.

Esse indicador permite acompanhar a capacidade de resposta da rede hospitalar para atender a população que necessita de atendimento neste nível de atenção. No entanto, é um indicador que também está diretamente relacionado ao avanço da doença no Estado, uma vez que, quanto maior o número de casos ativos, maior o número de pacientes que necessitarão de atendimento hospitalar e maior o risco de pressão no sistema de saúde.

Macrorregião Metropolitana

Após a definição de bandeira vermelha na última rodada para quatro das cinco regiões covid da macrorregião Metropolitana, a situação de agravamento permaneceu, reflexo do tempo necessário entre ações de maiores restrições à circulação e a diminuição das hospitalizações.

Com as hospitalizações e a ocupação de leitos clínicos e de UTI para confirmados covid-19 aumentando, a macrorregião Metropolitana permaneceu quase totalmente em bandeira vermelha. Apenas a região de Taquara, que tem apresentado bons indicadores desde o início da pandemia, conseguiu se manter na bandeira amarela, também por reflexo da trava de três hospitalizações na semana.

Os números de internados por SRAG em UTI, de pacientes covid-19 em leitos clínicos (confirmados) e de pacientes covid-19 em leitos de UTI (confirmados) tiveram aumentos entre as duas semanas.

Com relação à SRAG, havia 186 internados há sete dias e, agora, a quantidade de pacientes subiu 34%, passando para 250. No caso de leitos clínicos, o número de pacientes passou de 194 para 284, um aumento de 46,4%. Ainda, com relação aos internados por covid-19 em leitos de UTI, o aumento foi de 48%, passando de 121 para 179 pacientes.

Não apenas os indicadores que mensuram a velocidade do avanço na macrorregião apresentaram piora, mas também o relacionado à capacidade de atendimento se agravou. Enquanto na semana passada havia 1,73 leito de UTI livres para cada leito de UTI ocupado por paciente covid-19, nesta semana, o indicador passou para 1,46.

No comparativo do número de leitos livres de UTI entre as duas quintas-feiras, se verificou aumento na capacidade para atender covid-19, passando de 215 para 262.

Com isso, os indicadores de internados por SRAG e de pacientes covid-19 em leitos clínicos obtiveram bandeira vermelha. Os indicadores de pacientes de covid-19 em leitos de UTI e de capacidade de atendimento, mensurada pela macrorregião, obtiveram bandeira preta, mesmo com a ampliação de leitos nesta semana.

Porto Alegre

Além da situação agravada pelos indicadores mensurados pela macrorregião, o número de hospitalizações confirmadas para Covid-19 registrado nos últimos sete dias apresentou um crescimento de 57% entre as duas semanas, passando de 130 para 204. Com isso, o indicador apresentou bandeira preta, sinalizando situação de elevada preocupação, principalmente se observado o aumento contínuo nas últimas três semanas.

Observa-se crescimento tanto do número de internados em UTI por SRAG no último dia, que variou de 118 para 163 entre as duas semanas, quanto no de internados em UTI confirmados para covid, passando de 80 para 124.

Os indicadores de Estágio da Evolução na Região e de Incidência de Novos Casos sobre a População também pressionam a situação de bandeira final. O indicador de hospitalizações confirmadas para covid-19 registradas nos últimos sete dias por 100 mil habitantes atingiu bandeira preta nesta rodada.

Principais dados da 8ª rodada

• O número de novos registros de hospitalizações por SRAG de confirmados por covid-19 aumentou 19,7% entre as duas últimas semanas (de 512 para 613).

• O número de internados em UTI por SRAG aumentou 25,4% entre as duas últimas quintas-feiras (de 366 para 459).

• O número de internados em leitos clínicos com covid-19 aumentou 31% entre as duas últimas quintas-feiras (de 365 para 478).

• O número de internados em leitos de UTI com covid-19 aumentou 24,3% entre as duas últimas quintas-feiras (de 247 para 307).

• O número de leitos de UTI adulto livres para atender covid-19 aumentou 6,3% entre as duas últimas quintas-feiras (de 587 para 624).

• O número de óbitos por covid-19 aumentou 39,5% entre o cálculo das bandeiras com dados de sexta-feira passada e desta semana, com dados até quinta-feira (de 86 para 120).

• As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (204), Caxias do Sul (76), Passo Fundo (53), Novo Hamburgo (71) e Canoas (41).

Com informações da Secom RS

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