Geral

Distanciamento Controlado: região de Camaquã permanece na bandeira vermelha pela quarta semana seguida

RS chega a 15 bandeiras vermelhas no mapa preliminar da 10ª rodada

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11/07/2020 - 09h25min Secom-RS Corrigir

O cenário de disseminação do coronavírus e da ocupação de leitos cresce no Estado. Na décima rodada preliminar do Distanciamento Controlado, o Rio Grande do Sul tem 15 regiões com risco alto, ou seja, estão na bandeira vermelha. Essas regiões representam 84,2% da população gaúcha (9.535.519 habitantes). Na rodada definitiva do mapa anterior, eram seis regiões em vermelho, equivalente a 52,9% da população (5,9 milhões de habitantes). As bandeiras definitivas serão divulgadas na segunda-feira (13). 

A análise preliminar dos índices de propagação do vírus e de ocupação dos leitos trouxe, novamente, as regiões de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Capão da Canoa, Palmeira das Missões e Pelotas em bandeira vermelha. Essas áreas já haviam sido classificadas como alto risco na rodada anterior.

As regiões de Taquara, Santo Ângelo, Cruz Alta, Santa Rosa, Erechim, Passo Fundo, Caxias do Sul, Cachoeira do Sul e Santa Cruz do Sul evoluíram de bandeira laranja para vermelha nesta rodada.

Santa Maria, Ijuí, Uruguaiana, Bagé e Lajeado são as cinco regiões que permaneceram na bandeira laranja.

Embora nenhuma região do Estado tenha sido classificada com risco altíssimo (bandeira preta), tampouco houve classificação de risco baixo (bandeira amarela). Nesta rodada, inclusive, nenhuma região apresentou melhora nos índices.

O mapa preliminar da décima rodada foi divulgado pelo governo no fim da tarde dessa sexta-feira (10) e está disponível em https://distanciamentocontrolado.rs.gov.br. No prazo de 36 horas após a publicação do mapa preliminar, que se encerra às 6h de domingo (12/7), os municípios que quiserem apresentar recursos sobre as classificações podem preencher o formulário neste link: https://forms.gle/9HsVNQb7DSn5Fimy9. Aqueles que se enquadrarem na Regra 0-0 e podem adotar protocolos de bandeira laranja não precisam protocolar recurso.

Na segunda-feira, o Gabinete de Crise analisará os dados enviados e rodará o mapa novamente e, à tarde, divulgará as bandeiras definitivas, que serão vigentes de 14 a 20 de julho.

Regra 0-0

Dos 391 municípios que compõem as áreas com bandeira vermelha, 218 cidades não tiveram registro de hospitalização e óbito por covid-19 de morador nos 14 dias anteriores ao levantamento. Por isso, se adequam à chamada Regra 0-0 e podem adotar protocolos previstos na bandeira laranja por meio de regulamento próprio.

Basta que mantenham atualizados os registros nos sistemas oficiais e adotem, por meio de decreto, regulamento próprio, com protocolos para as atividades previstas na bandeira laranja. São 1.280.848 pessoas (11,3% do total do RS) nesta condição.

Vale lembrar que essas 218 cidades que se classificam na Regra 0-0 e podem adotar protocolos de bandeira laranja não precisam protocolar recurso.

Situação geral

O número de novos registros de hospitalizações por covid-19, nos últimos sete dias, comparado à semana anterior, apresentou aumento de 6%, passando de 729 para 770. A quantidade de internados em UTI por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) cresceu 11%, passando de 582 para 647. O mesmo se observa com o número de internados em leitos clínicos para covid-19, que passou de 554 para 693 internações – crescimento de 25%.

Para as internações em UTI confirmadas para covid-19, o aumento chegou a 21%, passando de 418 para 504. O agravamento também é observado no número de casos ativos na última semana, que atingiu 5.126, frente aos 4.281 da semana anterior. Por fim, com relação ao número de leitos de UTI livres para atender a covid-19 no último dia, o quantitativo reduziu 9% entre as semanas, passando de 653 para 594.

O agravamento do indicador de capacidade de atendimento (número de leitos de UTI livres para cada leito ocupado por pacientes Covid-19), mensurada no Estado como um todo, segue em ritmo acelerado, obtendo alerta máximo. Na rodada anterior, o indicador obteve bandeira vermelha e, nesta semana, a mensuração atingiu situação de bandeira preta.

O indicador da Mudança da Capacidade de Atendimento, também mensurado para o Estado, passou de bandeira amarela para vermelha, resultado da redução de número de leitos de UTI livres para atender a covid-19 no último dia em relação à quinta-feira anterior.

Esses dois indicadores permitem acompanhar a capacidade de resposta da rede hospitalar para atender a população que necessita deste nível de atenção (alta complexidade). No entanto, é um indicador diretamente relacionado ao avanço da doença no Estado, uma vez que quanto maior o número de casos ativos, maior o número de pacientes que necessitarão de hospitais e maior o risco de pressão no sistema de saúde.

Mesmo com todas as ações de ampliação de leitos de UTI no Estado, o avanço na evolução da covid-19 sinaliza risco alto de pressão ao sistema de saúde e a necessidade de se ampliar ainda mais a conscientização da população em seguir os protocolos de distanciamento, a fim de que se possa seguir nas ações de ampliação da rede e, principalmente, garantindo o acesso adequado a leitos hospitalares e de UTI.

Bandeira vermelha e trava de segurança

As regiões de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo e de Capão da Canoa permanecem em bandeira vermelha pela quarta semana consecutiva. Mesmo que estivessem com mensuração de bandeira de menor risco, amarela ou laranja, as quatro regiões teriam que cumprir as medidas da vermelha, devido à aplicação da trava de segurança – duas semanas consecutivas na vermelha.

As regiões de Passo Fundo e Santo Ângelo, se mantida a bandeira vermelha após as análises de recursos, também estarão inseridas na trava de segurança na próxima semana, pois terão obtido bandeira vermelha por dois períodos alternados, dentro do prazo de 21 dias.

Para as regiões de Palmeira das Missões e Pelotas, também se mantidas em bandeira vermelha após o período de recursos, estarão inseridas na trava de segurança. Essas regiões terão obtido duas semanas consecutivas de bandeira vermelha e, portanto, na próxima rodada deverão cumprir novamente as restrições de bandeira vermelha, mesmo que os indicadores regionais apontem para restrições menos severas.

Desse modo, essas oito regiões Covid – Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Capão da Canoa, Passo Fundo, Santo Ângelo, Palmeira das Missões e Pelotas – poderão incidir na regra prevista no modelo de Distanciamento Controlado de que, uma vez classificada na bandeira final vermelha, por dois períodos consecutivos ou alternados, dentro do prazo de 21 dias, somente poderão ser reclassificadas para bandeira menos restritiva após preencherem os requisitos para tal reclassificação por pelo menos dois períodos consecutivos de mensuração, visando garantir a segurança da população da região.

Macrorregião Metropolitana

Após a definição de bandeira vermelha na última rodada para quatro das cinco regiões Covid da macrorregião Metropolitana – destaque para região de Taquara, que obteve bandeira laranja após os recursos –, a situação de agravamento permanece. Nesta semana, novamente as cinco regiões obtiveram bandeira final vermelha, na mensuração prévia aos recursos. A região de Taquara apresentou situação de bandeira vermelha, pois além da pressão advinda do agravamento na macrorregião, apresentou piora em seus indicadores regionais. Assim, toda a macrorregião metropolitana obteve apuração de bandeira vermelha, com o alerta importante de que as cinco regiões apresentaram elevação da sua média ponderada final.

Com as hospitalizações e ocupação de leitos clínicos e de UTI para confirmados covid-19 aumentando, a macrorregião Metropolitana atingiu a totalidade em bandeira vermelha e o risco permanece elevado.

Os números de internados por SRAG em UTI, de pacientes covid-19 em leitos clínicos (confirmados) e de pacientes covid-19 em leitos de UTI (confirmados) tiveram novamente aumentos entre as duas semanas.

Com relação a SRAG, enquanto há sete dias havia 339 internados, a quantidade de pacientes subiu 13%, passando para 383. No caso de leitos clínicos, o número de pacientes passou de 333 para 477, aumento de 43%. E com relação aos internados por covid-19 em leitos de UTI, o aumento foi de 24%, passando de 248 para 307 pacientes.

Além dos indicadores que mensuram a velocidade do avanço na macrorregião, os relacionados à capacidade de atendimento também se agravaram. O percentual de pacientes confirmados para covid-19 em leitos de UTI, com relação aos leitos livres, continuou aumentando. Enquanto na semana passada havia 1,05 leito de UTI livre para cada leito de UTI ocupado por paciente covid-19, nesta semana o indicador passou para 0,75.

No comparativo do número de leitos livres de UTI no último dia para atender a Covid-19 entre as duas quintas-feiras, verifica-se redução no número de leitos de UTI livres, passando de 260 para 231.

Com isso, enquanto o indicador de variação de internados por SRAG obteve bandeira laranja e os indicadores de variação de pacientes covid-19 em leitos de UTI e de leitos clínicos obtiveram bandeira vermelha, os indicadores de capacidade de atendimento e de mudança na capacidade de atendimento, mensuradas pela macrorregião, obtiveram bandeira preta e laranja, respectivamente.

Porto Alegre

Além da situação agravada pelos indicadores da macrorregião, o número de hospitalizações confirmadas para covid-19 registrado nos últimos sete dias apresentou crescimento de 12% entre as duas semanas, passando de 227 para 254. Com isso, o indicador apresentou bandeira laranja. Porém, destaca-se que a quantidade de novas hospitalizações em proporção da população ainda é elevada, refletindo na bandeira preta para o indicador de incidência na região.

Ainda, observa-se crescimento nas variáveis dos três indicadores de avanço da doença. O número de internados em UTI por SRAG no último dia variou de 225 para 264 entre as duas semanas. O indicador de internados em UTI confirmados para covid-19 cresceu 24%, passando de 170 para 210. Por último, o indicador de internados em leitos clínicos Covid-19 variou de 219 para 356 – aumento expressivo de 63%.

O indicador que mede o Estágio da Evolução, resultante da razão entre ativos e recuperados apresentou piora, passando para avaliação de risco alto (vermelho). Com isso, observa-se que, entre as últimas duas rodadas, o número de casos ativos na última semana passou de 842 para 1.451. O de Projeções de Óbitos e de hospitalizações, na última semana em relação a 100 mil habitantes, se mantiveram em avaliação de risco máxima (preta).

Canoas

A região de Canoas obteve a média ponderada final de 2,30. Os registros de hospitalizações confirmadas para covid-19 cresceram 8% entre as duas semanas, passando de 64 para 69 hospitalizações. Frente à semana anterior, que havia crescido mais de 50%, o resultado foi positivo, inclusive alterando a bandeira do indicador de preta para laranja. Porém, o número de hospitalizações ainda é bastante elevado, requerendo forte atenção. A situação de bandeira final vermelha acompanha a tendência de agravamento, pois se trata da velocidade do avanço da pandemia e dos efeitos que podem permanecer por mais semanas.

Da mesma forma, o número de internados em UTI por SRAG no último dia passou de 42 para 47 entre as duas semanas. Para o indicador de internados em UTI confirmados para covid-19, o crescimento foi de 13%, variando de 32 para 36. Com relação ao número de pacientes covid-19 em leitos clínicos o aumento foi de um paciente (passando de 46 para 47 internados).

Na razão entre os casos ativos na semana e recuperados nos 50 dias anteriores ao início da semana, o indicador obteve bandeira vermelha, principalmente pela elevação do número de recuperados e razoável estabilidade em casos ativos. No caso do número de hospitalizações confirmadas para covid-19 nos últimos sete dias para cada 100 mil habitantes, o indicador manteve-se em bandeira preta, com a razão passando de 8,07 para 8,70.

Novo Hamburgo

A manutenção de bandeira vermelha também é observada na região de Novo Hamburgo. Igualmente às outras semanas, se verificou a contínua aceleração no registro de hospitalizações confirmadas para covid-19 nos últimos sete dias. Enquanto na semana anterior havia ocorrido 91 registros, nesta semana foram 112 (aumento de 23%).

A dimensão das hospitalizações quando comparada por 100 mil habitantes continua bastante elevada, sendo a de maior valor entre todas as regiões Covid-19, indicando uma alta prevalência na região. Positivamente, a razão entre os casos ativos na semana e recuperados nos 50 dias anteriores ao início da semana melhorou, principalmente pela elevação do número de recuperados e razoável estabilidade em casos ativos. Com isso, os indicadores de Estágio da Evolução e de Incidência de Novos Casos sobre a População, que são mensurados com base na região, apresentaram bandeira vermelha para o primeiro e preta para os dois que compõem o segundo grupo.

A ocupação de leitos clínicos e de UTI para SRAG mantiveram certa estabilidade entre as duas semanas. No caso de internados em UTI confirmados para Covid-19, o aumento foi de 36%, passando de 31 para 42, contribuindo com o agravamento dos indicadores da macrorregião.

Capão da Canoa

Ainda sobre efeito da situação de alto risco na macrorregião Metropolitana, a região de Capão da Canoa manteve a bandeira vermelha. As hospitalizações confirmadas para covid-19 registradas nos últimos sete dias passaram de 23 para 20 entre as duas semanas, indicado a melhoria no indicador, que se manteve em bandeira amarela. Apesar da estabilidade na ocupação de leitos clínicos, o número de internados em UTI confirmados para covid-19 e por SRAG tiveram queda.

Também de forma positiva, como nas regiões de Novo Hamburgo e Canoas, a razão entre os casos ativos na semana e recuperados nos 50 dias anteriores ao início da semana melhorou, principalmente pela elevação do número de recuperados e razoável estabilidade em casos ativos. Com isso, os indicadores de Estágio da Evolução e de Incidência de Novos Casos sobre a População, que são mensurados com base na região, apresentaram bandeira vermelha para o primeiro e preta para os dois que compõem o segundo grupo.

Taquara

Pressionada pela situação da macrorregião metropolitana, a região de Taquara obteve novamente bandeira vermelha nesta rodada. Esta elevação fez com que os quatro indicadores da região – hospitalizações registradas, razão de ativos sobre os recuperados, hospitalizações a cada 100 mil habitantes e projeção de óbitos –, obtivessem, respectivamente, as bandeiras amarela, preta, vermelha e preta.

O número de novas hospitalizações registradas confirmadas para covid-19 nos últimos sete dias passou de seis para sete entre as duas semanas. No caso do número de internados em UTI por SRAG e por confirmados para Covid-19, a região obteve seis pacientes SRAG e cinco Covid, frente à situação nula da semana anterior. Para internados em leitos clínicos confirmados para Covid, passou de três para oito pacientes.

Por fim, os indicadores de Estágio da Evolução na Região e de Incidência de Novos Casos sobre a População apresentaram agravamento entre as duas semanas. Observando o indicador da razão entre casos ativos na última semana e recuperados no início da semana (50 dias anteriores), verifica-se novamente o elevado valor – com a região de Taquara obtendo o maior entre todas as regiões.

PRINCIPAIS DADOS DA DÉCIMA RODADA 

• O número de novos registros de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de confirmados por covid-19 aumentou 6% entre as duas últimas semanas (de 729 para 770);

• O número de internados em UTI por SRAG aumentou 11% entre as duas últimas quintas-feiras (de 582 para 647);

• O número de internados em leitos clínicos por covid-19 aumentou 25% entre as duas últimas quintas-feiras (de 554 para 693);

• O número de internados em leitos de UTI por covid-19 aumentou 21% entre as duas últimas quintas-feiras (de 418 para 504);

• O número de leitos de UTI adulto livres para atender a covid-19 no RS reduziu 9% entre as duas últimas quintas-feiras (de 653 para 594);

• O número de óbitos por covid-19 aumentou 50% entre as duas últimas quintas-feiras (de 138 para 207).

• As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (254), Novo Hamburgo (112) Caxias do Sul (82), Canoas (69) e Passo Fundo (49).

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