Quando a pandemia do novo coronavírus paralisou o futebol em todo o país, Renato Portaluppi recebia mais críticas do que elogios em relação ao desempenho do Grêmio no início desta temporada. A entrada na equipe de jogadores recém chegados, a ausência de atletas lesionados e a baixa produção de peças nas quais se depositava bastante expectativa, são alguns argumentos utilizados para explicar por que o time estava oscilando.
O treinador parecia não ter encontrado a formação ideal até o momento em que a bola parou de rolar. Renato vinha utilizando uma escalação com três volantes justificada pela falta de ritmo de jogo de Jean Pyerre e a pouca produtividade de Thiago Neves, quando esse recebeu oportunidades. Agora, ambos estão no mesmo nível dos demais, ao menos fisicamente. O time que entrará em campo no clássico Gre-Nal, que marca a retomada do futebol no Estado, não deverá ter muitos mistérios, mesmo que os treinamentos estejam sem acesso dos repórteres.
A defesa titular tem Vanderlei, Victor Ferraz, Geromel, Kannemann e Bruno Cortez, este último reassumindo a posição após a saída de Caio Henrique. A dúvida maior deverá ficar justamente para o meio-campo. Apenas momentos antes do Gre-Nal será possível saber se Renato voltará com o esquema de três volantes ou tirará um deles para o ingresso de um meia. Antes da parada, ele afirmou que os três volantes eram “emergenciais”, já que não havia um meia de origem em condições de assumir o posto naquele momento.
A tendência é que Lucas Silva, Matheus Henrique e Maicon disputem duas vagas, com Jean Pyerre ou Thiago Neves mais à frente, na armação. Ao menos esse sempre foi o esquema preferido de Renato. Nas pontas, Everton e Alisson, e Diego Souza como centroavante.
O Grêmio não abrirá mão da concentração para o Gre-Nal. Os jogadores devem ir na segunda-feira após o treino para um hotel e só saem para o treino de terça-feira. A folga de final de semana, que vinha ocorrendo semanalmente, ficou para trás. Sábado e domingo, haverá trabalho no CT Luiz Carvalho.
