Economia

Pesquisa do Sebrae mostra que 21% das empresas estão fechadas no RS

Levantamento ouviu 631 empresários de todo o estado, entre os dias 03 a 12 de julho. Em função das restrições de abertura, 10% dos entrevistados disseram que pretendem remodelar as atividades

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25/07/2020 - 17h27min Corrigir

Uma pesquisa de monitoramento dos pequenos negócios do Sebrae RS mostra que 21% das empresas gaúchas estão fechadas no mês de julho no estado. Destas, 6% pretendem encerrar as atividades nos próximos 30 dias.

O levantamento foi feito entre os dias 03 a 12 de julho, com 631 empresários em todo o estado. De acordo com o Sebrae, o resultado é cinco pontos percentuais mais alto do que o registrado em junho.

Entre as empresas fechadas28% dos entrevistados disseram que o motivo para não abrir são os decretos governamentais que ampliaram as restrições de funcionamento em várias regiões. Já para outros 25% a natureza da atividade, predominantemente presencial, é causa direta da impossibilidade de abrirem seus negócios. Em função disso, 10% dos entrevistados disseram que pretendem remodelar suas atividades. (veja os números da pesquisa abaixo)

De acordo com o diretor-superintendente do Sebrae RS, André Vanoni de Godoy, os números refletem as dificuldades que os empresários enfrentam na pandemia.

“Entendemos que para amenizar essa situação os protocolos para funcionamento dos estabelecimentos devem ser mais criteriosos, levando em consideração a situação específica dos pequenos negócios, os quais têm sido gravemente prejudicados por esta falta de diferenciação em relação às grandes empresas”, afirma.

Segundo Godoy, os empresários precisam procurar orientação para explorar novos canais de venda e de relacionamento com os clientes.

“Reposicionar-se com rapidez é fundamental para permitir a travessia da crise, pois a demora na tomada das decisões difíceis pode ser fatal, já que pode levar ao exaurimento dos recursos da empresa", avalia o dirigente.

Das empresas que seguem funcionando, 40% precisaram adaptar a estrutura física, 17% estão trabalhando com ferramentas digitais e 12% com delivery e take away, revelando uma nova realidade do mercado. E mesmo com as adaptações, 76% dos empreendedores gaúchos ainda sofrem com a queda no faturamento, sendo que para praticamente a metade deles (48%), a queda é superior a 50%.

Falta de recursos

A dificuldade em conseguir empréstimo está entre os principais problemas dos empresários.

O levantamento mostra que 42% dos entrevistados buscaram financiamento para manter o negócio funcionando, eram 39% do mês anterior. Dos que tentaram algum tipo de financiamento, 59% afirmaram não ter conseguido obter crédito.

Entre as principais causas listadas estão a restrição cadastral da empresa ou dos sócios (23%) e a falta de garantias ou avalistas (22%).

A necessidade de empréstimo está relacionada com a escassez de capital de giro, apontada pela pesquisa como a principal carência dos pequenos negócios, chegando a 65% dos entrevistados – com aumento de sete pontos percentuais em relação ao mês de junho.

Outras necessidades apontadas pelos respondentes são a análise sobre tendências e perspectivas do mercado (27%) e alternativas para diversificar produtos e serviços (24%).

Resultados da pesquisa

Funcionamento

  • 79% sim
  • 21% não

Faturamento

  • 76% diminuiu
  • 16% inalterado
  • 8% aumentou

Expectativa para os próximos 30 dias

  • 44% manter
  • 16% expandir
  • 13% retomar
  • 12% reposicionar
  • 9% reduzir
  • 6% encerrar

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