Justiça
Cristina Gonçalves Lucas foi morta com disparos de arma de fogo, na madrugada de 1º de agosto de 2019, enquanto seguia viagem com a família
Os três acusados de matar a inspetora da Polícia Civil, Cristina Gonçalves Lucas, de 39 anos, durante um assalto na BR-116, em Pelotas, em agosto do ano passado, foram condenados a mais de 20 anos de prisão cada um.
A sentença foi decretada pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Pelotas nessa terça-feira (4). Edson Luís Rodrigues Lemos foi sentenciado a 26 anos e seis meses, Alisson Hernandes Primo, a 25 anos e dois meses e Thiago Vieira Cardoso, a 22 anos e dois meses, todos em regime fechado. A denúncia foi feita pelo promotor de Justiça Márcio Schlee Gomes, que pediu a condenação dos acusados. Para o promotor " a justiça foi feita." Cristina havia entrado para a Polícia Civil em 2017 e era lotada em São José do Norte.
Relembre o caso
Na madrugada de 1º de agosto de 2019, Cristina e a família seguiam viagem em direção a Porto Alegre. Eles haviam saído em férias e pretendiam chegar ao Aeroporto Internacional Salgado Filho para pegar o voo com destino a Goiás. Ao passar por um dos acessos a Pelotas, em um trevo na BR-116, na Avenida Duque de Caxias, por volta da 1 hora, o veículo foi interceptado pelo trio, que estava em um Ford Fiesta prata, com placas de Canguçu, todos eles armados.
O automóvel em que os bandidos viajavam constava como roubado no sistema da polícia. Um dos ocupantes do Fiesta desceu do carro e em seguida o motorista também desceu. O marido da policial - que também é servidor da Segurança Pública, mas lotado em Rio Grande - desviou do veículo. No carro estavam, além de Cristina e o marido, a mãe da inspetora e os dois filhos do casal - de um e nove anos, na época.
Nesse momento, Alisson atirou acertando a cabeça de Cristina. Os familiares da inspetora não se feriram. A servidora da Polícia Civil foi socorrida e encaminhada ao Pronto-Socorro de Pelotas (PSP), no entanto, teve morte cerebral no início da tarde do mesmo dia, após ser removida para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa de Pelotas.
Os três foram presos nove dias após o crime. Na época, Alisson Primo, autor dos disparos que mataram Cristina, admitiu para a investigação envolvimento do grupo no crime. Para a polícia, o trio tinha a intenção de roubar o veículo. Os três já tinham antecedentes criminais por furto e homicídio. As polícias de Pelotas, Rio Grande e Bagé se uniram na investigação que levou até a prisão dos envolvidos, sendo que dois deles foram pegos em Rio Grande e um outro em Pedro Osório.
Com informações do jornal Diário Popular e Ministério Público RS
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