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"Não estamos fazendo terrorismo. Estamos fazendo constatação", diz prefeito de Tapes sobre a pandemia na região

Silvio Rafaeli comentou sobre manter a suspensão de algumas atividades no município, como esportes coletivos e as aulas presenciais, além do número crescente de infectados na região

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20/09/2020 - 12h30min Corrigir

Novamente preocupado com a crescente incidência da pandemia de covid-19 na região, o prefeito de Tapes e presidente da associação de municípios da Costa Doce, Silvio Rafaeli, publicou neste final de semana mais um vídeo em sua rede social comentando sobre a conduta contrária da maioria da população perante a grave situação que ainda atinge Tapes e outras cidades vizinhas. Rafaeli citou o aumento de casos com o vírus ativo em Tapes na última semana (passou de 6 para 15 até então, totalizando 153) e também o total de infectados pela covid-19 em Camaquã - que já são 1.065 até o momento. 

Leia também: Número de internações e de óbitos em razão da covid-19 colocou região de Camaquã em bandeira vermelha, aponta Estado

“Muito pelo contrário do que as pessoas estão dizendo de que estamos fazendo terrorismo, nós estamos fazendo aqui constatação. As pessoas, não sei se acostumaram com isso e enxergam o distanciamento social do governo do Estado, onde nós aparecemos vermelho num dia e no outro tá todo mundo laranja, parece que a coisa mudou. Mas, por enquanto, aqui está crescente. A nossa região está crescente”, disse o gestor. “Nem assim as pessoas deixam de achar que eu sou exagerado. Que eu fechei os bancos da praça, que eu botei arame farpado, porque ainda continua a blitz na entrada da cidade...”, completou. 

Rafaeli salientou que seguirá com todas as medidas protetivas para tentar conter o avanço do coronavírus em Tapes por tempo indeterminado, mesmo que os índices em geral apontem para uma pequena desaceleração na incidência de contágio no Estado. O prefeito afirmou que também continuará a aplicação de testes rápidos nas barreiras sanitárias na entrada da cidade, pois destaca que essa é a melhor maneira de detectar casos suspeitos da covid-19 e encaminhá-los ao monitoramento. “Estamos fechando casos suspeitos, com o fechamento de coleta de exames para muitas pessoas. Nós já coletamos 5% da população. E vamos continuar fazendo isso, é o nosso papel”, disse. 

Com relação ao ambulatório montado junto ao Hospital Nossa Senhora do Carmo para atender os casos suspeitos da covid-19, o prefeito afirmou que está sendo mantido como forma de precaução. Segundo ele, o plano inicial era garantir o funcionamento por dois meses, mas que acabou se estendendo até agora devido ao número de infectados e casos suspeitos da doença que foram surgindo ao longo do tempo. Atualmente, o ambulatório está operando graças a um recurso do governo e será mantido por tempo indeterminado. De acordo com Rafaeli, a primeira parcela de R$ 60 mil já foi destinada aos cofres do município.

O gestor também comentou a respeito da reclamação de muitos comerciantes por conta de a prefeitura ainda manter alguns serviços ainda fechados. Rafaeli salientou que sabe das necessidades de cada um, mas pediu compreensão neste momento, principalmente aos empreendedores do ramo esportivo, depois da liberação do governo do Estado para a retomada da prática de esportes amadores em regiões de bandeira laranja ou amarela por duas semanas consecutivas. “Mas olha um jogo de futebol de salão: são 10 pessoas, 10 famílias diferentes que vão se tocar na quadra. Não tem como não se tocar, não tem como não ter a respiração muito próxima um do outro, no agarra-agarra, na falta, na batida, no choque... Então, tentemos entender este momento para que a gente possa ter um pouquinho de paz logo em seguida, logo assim que der, que os números realmente caírem e nós tenhamos segurança para voltar às atividades normais”.  

Rafaeli aproveitou para destacar que as aulas presenciais na rede municipal de Tapes continuarão suspensas até o final do ano e que também não se responsabilizará pelo retorno das escolas estaduais da cidade. “O governo estadual teima em voltar com as aulas a (em) nível estadual, é claro. Nós já rompemos o contrato com o transporte (escolar), não faremos o transporte para eles. Ele (governador Eduardo Leite) vai ter que resolver de outra forma. Porque o governador está sendo pressionado e não entendo como está cedendo a isso. Tenho certeza que pais, responsáveis pelos seus filhos, a grande maioria, mais de 90% não quer que os filhos corram risco, não querem que os filhos sejam condutores dessa doença vinda para dentro de sua casa”, argumentou. 

“Eu torço para que o comércio continue aberto, torço para que tudo volte ao normal o quanto antes possível. No início de tudo isso eu achava que duraria 60 dias no máximo. Infelizmente, lá se foi (foram) seis meses, de separação da família, de não poder ter contato com quem que tu queres”, lamentou o gestor. “Quero desejar que vocês se cuidem, cuidem dos seus, cuidem das suas famílias", finalizou.

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