Foi concluído nessa quarta-feira (22) o inquérito que investiga a morte de um casal em Jaguarão, no Extremo Sul do Estado. A Polícia Civil indiciou o filho, a namorada dele e uma terceira pessoa, que seria amiga do jovem, por homicídio duplamente qualificado. Outra pessoa também foi indiciada por fraude processual, já que foi apontada como responsável por jogar a arma do crime no Rio Uruguai.
O caso aconteceu na madrugada de 11 de setembro. O montador de móveis Paulo Adão Almada Moraes, de 50 anos, e a esposa, Manoela Renata Araújo Chagas, de 40 anos, foram mortos a tiros em casa enquanto dormiam.
O filho deles, de 20 anos, foi acusado de planejar o homicídio e está preso em Canguçu. Ele assumiu o crime e afirma que as motivações seriam financeiras e por desavenças familiares. O rapaz também disse à polícia que planejava a morte dos pais há dois anos e, desde então, procurava pessoas para ajudá-lo a executar o plano.
A namorada, de 18 anos, acusada de ter executado os disparos, foi removida para o Presídio Estadual de Rio Grande. E o amigo deles está preso preventivamente no Presídio de Jaguarão. Ele é acusado de ser comparsa no crime. Além disso, após os tiros, ele forjou um assalto, roubando o carro da família para tentar despistar a polícia.
Conforme a investigação, a arma do crime calibre 32 teria sido comprada com dinheiro da venda de alguns objetos pessoais do filho. O jovem, a namorada e uma irmã de 13 anos estavam em casa no momento da ação. Primeiramente, a polícia acreditava que alguém havia entrado na casa e disparado contra o casal. No entanto, como a porta da residência não tinha sinais de arrombamento, a investigação levantou suspeita de que o filho do casal teria livre o acesso para algum cúmplice.