A esposa do tenente do Corpo de Bombeiros Glaiton Silva Contreira foi presa preventivamente, nessa segunda-feira (9), suspeita de ter participado do planejamento e execução da morte do marido. Contreira, que tinha 52 anos, foi morto no dia 26 de outubro, em Sapiranga, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O filho da mulher, de 26 anos, enteado do militar, já havia sido preso em flagrante por ter confessado o crime em depoimento à Polícia Civil. Em um primeiro momento, a investigação descartou a participação da mulher, de 42 anos, no assassinato. No entanto, com o andamento do inquérito, a polícia encontrou indícios de que ela colaborou no homicídio.
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A mulher teria dopado a vítima e ajudado o filho a levá-lo, desacordado, até o carro. O rapaz, então, teria golpeado Glaiton no pescoço com um estilete, e abandonado o cadáver em uma região afastada de onde a família morava. Ele também afirmou ter desviado por duas semanas anestésicos do Hospital de Sapiranga, onde fazia estágio, até conseguir reunir quantidade suficiente para fazer com que o tenente perdesse os sentidos e fosse possível levá-lo ao local onde o crime ocorreu. O corpo de Glaiton foi encontrado em um terreno no dia 26 de outubro.
A hipótese do envolvimento de uma segunda pessoa ganhou força com depoimentos de pessoas próximas à família. Segundo a polícia, a motivação para o crime seria patrimonial, e estaria relacionada com a divisão da casa onde o tenente morava com a mulher, o enteado e o filho de 9 anos. O casal vivia junto há 12 anos e estava em processo de separação.
A investigação não descarta que a mulher tenha também motivos passionais para o crime, já que o tenente estaria se mudando de Sapiranga para morar em Nova Hartz com uma nova companheira.
Até o começo da noite de ontem, a suspeita não havia sido ouvida novamente pela polícia. Mãe e filho devem ser indiciados por homicídio qualificado.
Contreira era natural de Rio Grande e atuava como comandante dos Pelotões de Montenegro, no Vale do Caí, e de Taquari, no Vale do Taquari.