Conforme informações trazidas nesta quinta-feira (12) pelo jornal O Globo, o governo federal desistiu de criar o Renda Cidadã – programa social que iria substituir o Bolsa Família – pelo menos neste ano. Após também anunciar que o auxílio emergencial não será renovado em 2021, a equipe econômica do governo estima ampliar o Bolsa Família – que beneficia atualmente 14,2 milhões de famílias.
O jornal afirmou que o presidente Jair Bolsonaro avalia que não há mais empenho e disposição para criar um novo programa social ainda em 2020. Desta forma, a saída seria manter o Bolsa Família.
Inclusive, Bolsonaro havia anunciado, em setembro, que o até então intitulado Renda Brasil não sairia do papel e que o Bolsa Família iria até 2022. No entanto, aliados do governo optaram com seguir com as discussões do projeto – que passou a se chamar Renda Cidadã.
O plano era elevar o número de beneficiários, assim como pagar um valor maior do que o crédito atual do Bolsa Família. Como forma de viabilizar orçamento para o governo federal, o ministro da Economia, Paulo Guedes, propôs a extinção de outros programas assistenciais, mas essa ideia foi vetada por Bolsonaro.
Para 2021, o governo tem orçamento previsto de R$ 34,8 bilhões para manter o Bolsa Família, cerca de R$ 5 bilhões a mais do que o valor de 2020. A quantia seria suficiente para aumentar em um milhão o número de famílias beneficiadas.
Todavia, pelo menos 3 milhões de famílias precisariam continuar recebendo assistência a partir de janeiro, com o fim do auxílio emergencial, de acordo com levantamento feito pelo Ministério da Cidadania. O benefício atende mais de 67 milhões de pessoas a um custo de R$ 590 bilhões até o fim de 2020.