Uma mulher de 33 anos, que foi resgatada em casa, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, morreu na noite dessa sexta-feira (30), após uma parada cardíaca. A vítima havia sido mantida por cerca de sete meses em condições de maus-tratos. A irmã dela foi presa, também na sexta, suspeita de tortura, abandono de incapaz e cárcere privado.
Segundo a prefeitura, ela estava internada desde segunda-feira (26) no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG). Ela havia sido resgatada pela equipe de Serviço Social do HNSG, que registrou um boletim de ocorrência relatando que ela apresentava diversos sinais de negligência.
De acordo com informações do G1, a paciente apresentava um quadro de desnutrição, machucados pelo corpo, após quatro dias internada teve duas paradas cardíacas e precisou ser intubada, permanecendo em estado grave o tempo todo. Ela foi diagnosticada com lúpus (doença autoimune) sem tratamento, infecção bacteriana e septicemia (infecção generalizada), informou o HNSG.
"Estamos acostumados a receber pacientes em situações críticas, mas nenhum em situação tão grave quanto essa jovem", relatou o assistente social Júlio Cezar Picolotto.
O secretário de Segurança Pública de Canoas, Emerson Wendt, apontou que a condição em que ela foi encontrada era esumana e estarrecedora.
"Trabalhamos muito para enfrentar todos os tipos de violências no município, sobretudo a doméstica e familiar, através de programas de prevenção. Então, se deparar com um caso assim é sempre desafiador profissional e pessoalmente, visto a gravidade da situação e a forma desumana pela qual essa jovem foi tratada pela própria família", destacou.
Com informações do G1