Em live realizada na tarde desta segunda-feira (10), o secretário da Saúde de Camaquã, Renato Sanhudo, e a coordenadora do Centro de Imunizações, Danieli Hain, falaram a respeito dos ataques sofridos pelos profissionais que trabalhavam na imunização contra a covid-19 no último sábado (8).
Devido à falta de doses da Coronavac, do Instituto Butantan, muitas pessoas que chegaram cedo até o Centro de Imunizações, no bairro Viégas, acabaram ficando sem o imunizante. Algumas delas teriam se revoltado e agredido os profissionais.
Segundo Sanhudo, a equipe que estava trabalhando foi atacada com gestos obscenos e palavrões. A Brigada Militar precisou ser solicitada para conter os ânimos. “A gente vem sofrendo ameaças da população, mas eu quero deixar bem claro que a gente tá fazendo o que pode. Peço que a população respeite nossos profissionais da área da saúde. É aquele profissional que tá todo dia na linha de frente pra que a gente possa ser imunizado. Mas, no momento, tá acontecendo uma coisa muito triste com esses profissionais”, lamentou o secretário.
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De acordo com o cronograma, no sábado seria aplicada a segunda dose da CoronaVac, do Instituto Butantan, apenas em pessoas que receberam a primeira dose até dia 29 de março. Porém, muitas pessoas que estavam no local haviam se vacinado depois desse período e queriam tomar a segunda dose. Por conta da longa fila que se formou no Centro de Imunizações, a vacinação teria começado antes do horário previsto. Todas as 190 doses foram aplicadas no período das 7h30 às 8h30.
“Quem se sentiu que não teve acesso à informação, a informação está disponível nos meios de comunicação, que é o meio que a gente tem pra comunicar tudo que acontece em relação à saúde no município. Então, os meios oficiais, as rádios noticiaram, a prefeitura postou no site, postou no Face(book), a Secretaria de Saúde, todos os funcionários postaram em suas redes sociais privadas sobre a vacinação no sábado”, destacou Danieli.
O secretário aproveitou para esclarecer que os problemas apresentados nos telefones do Centro de Imunização já estão sendo solucionados. De acordo com Sanhudo, a sobrecarga das linhas teria ocasionado o transtorno. Os telefones seguem sendo o 3671-4893 e o 3692-2855.
Quem acabou ficando sem vacina no sábado, terá que esperar a Secretaria Municipal da Saúde divulgar nos órgãos oficiais quando será marcado o dia de vacinação, assim que o município receber uma nova remessa e somar o quantitativo de doses da Coronavac que ainda faltam chegar ao munícipio. Segundo Danieli, são aproximadamente 2.2 mil doses que estão em falta para conseguir imunizar o grupo da segunda dose que está com a vacina atrasada.
O imunizante produzido pelo Instituto Butantan está em falta em todo o Brasil, por falta de insumos para produção. “Quem errou nesse cálculo não fomos nós e não temos gerência sobre isso. Então, discutir o que teria que ser feito é inútil, é perda de tempo”, salientou a coordenadora.
No sábado, o governo do Estado recebeu uma nova remessa da vacina Coronavac. Camaquã deve recebe 420 doses para aplicação da segunda dose ainda nesta semana.
A vacinação continua para idosos e pessoas com comorbidades que ainda não se vacinaram com a primeira dose. Já a segunda dose da AstraZeneca segue o determinado no cartão de vacina. Conforme a secretaria, há doses suficientes para a aplicação.
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