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O que mudou no Brasil durante a pandemia de covid-19?

É sabido que a pandemia de Covid-19 causou mudanças irreversíveis na vida de um número imenso de pessoas desde que foi anunciada

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11/05/2021 - 09h15min Corrigir

Em um cenário de calamidade onde mais de 422.000 vidas brasileiras foram perdidas até 10 de maio de 2020 e mais de 716.000 empresas foram encerradas até julho de 2020, segundo dados da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é preciso de mais do que otimismo para continuar se protegendo em casa, trabalhando das formas mais seguras possíveis, garantindo o sustento próprio e das pessoas mais próximas e ainda, tentando manter a economia funcionando, a fim de preservar empregos e a esperança.

Assim como o cenário nacional e mundial, a vida particular de cada indivíduo foi bastante modificada.

Quem pôde ficar em casa sem prejuízo do atendimento às necessidades básicas, aproveitou os primeiros meses para colocar a vida pessoal em ordem.

Aumenta o autocuidado durante o isolamento social

Aproveitar o tempo para descansar, coisa que poderia parecer um grande luxo até o início da quarentena, passar mais tempo com a família, auxiliar os filhos com os deveres de escola, cuidar melhor da própria saúde, do físico e da estética, entre outras atividades ligadas ao melhor uso do tempo foram algumas das coisas que fizeram com que o isolamento social não fosse um desafio tão difícil de superar, pelo menos no começo.

Segundo o Google Trends, que aponta as tendências de buscas ao longo de um certo período, termos relacionados ao cuidado pessoal, doméstico e familiar aumentaram exponencialmente durante o primeiro período da pandemia.

Termos como: “cuidar dos cabelos”, “hidratar cabelo” e “vitamina para crescer cabelo”, alcançaram o maior pico de buscas dos últimos 5 anos entre maio e julho de 2020, um dos períodos mais críticos da pandemia, com regras rígidas sobre a limitação da circulação de pessoas.

Já as buscas por “exercício físico” e “alimentação saudável” estão, nesse momento, no maior pico de buscas dos últimos 5 anos, o que demonstra de forma clara com o que as pessoas estão se preocupando em cada fase da pandemia.

Nos primeiros meses, as pessoas acreditavam que a pandemia duraria alguns dias, logo depois, passaram a acreditar que seria algo que acabaria em alguns meses e foi justamente nessa época que muitos resolveram se dedicar ao cuidado da própria imagem, aproveitando o tempo em casa para praticar o autocuidado, muitas vezes negligenciado na correria do dia-a-dia.

Com o passar dos meses, conforme foi se tornando clara a gravidade e a dificuldade para decretar o fim da pandemia de Covid, as mudanças passaram a ser em busca da manutenção de uma rotina de movimento, alimentação saudável e cuidados que vão além da proteção contra a epidemia através do isolamento e ultrapassam a barreira do cuidado com a imagem, chegando enfim à busca pela melhoria da saúde, como um todo.

Mas não foi só nas questões ligadas ao autocuidado e cuidados com a saúde que a vida das pessoas foi impactada.

Pandemia exigiu reorganização financeira familiar

Muitas pessoas aproveitaram a recomendação de ficar em casa para reorganizar as finanças e acabar com gargalos do orçamento familiar.

Durante a pandemia, diversos órgãos suspenderam os cortes de fornecimento, ofereceram formas facilitadas de realizar pagamento e até deixaram de enviar cobranças, como foi o caso do Detran, que só em São Paulo, deixou de enviar 920 mil multas entre fevereiro e novembro de 2020.

Essas pequenas “concessões” ajudaram aos chefes de família a ganhar tempo para colocar todas as despesas na ponta do lápis, renegociar dívidas, buscar melhores taxas e tarifas, cancelar assinaturas de serviços não utilizados e tentar fazer o orçamento abraçar as despesas que aumentaram com toda a família em casa, o que significa maiores gastos com energia elétrica e água, por exemplo.

Empreendedorismo cresce durante a pandemia

Apesar da tristeza que um cenário de pandemia leva aos olhos de qualquer cidadão, o brasileiro mais uma vez mostrou como está preparado para lutar diante de qualquer tipo de adversidade.

O empreendedorismo brasileiro cresceu em 2020 como não crescia há 20 anos, segundo dados disponibilizados pela pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, GEM, realizada em conjunto com o Sebrae.

Entre o fim de fevereiro de 2020 e o fim de setembro do mesmo ano, foram formalizados 1,15 milhão de micro empreendedores individuais, segundo dados do Portal do Empreendedor, do Governo Federal.

De franquia de açaiteria a e-commerces dos mais variados segmentos, não faltaram criatividade e dinamismo para quem tinha um pequeno capital para investir, conseguir criar uma forma de pagar as contas, mesmo em um momento de tanta diversidade.

Vendas online superam vendas presenciais

Outra mudança significativa impulsionada pelas restrições de circulação impostas para prevenção de contágio de coronavírus foi a migração do mercado presencial para o digital.

Segundo levantamento realizado pelo Sebrae, em agosto de 2020, 16% dos comércios locais passaram a vender por meio de ferramentas digitais a partir da chegada do novo coronavírus ao país.

A BQHost, empresa que cria sites dos mais diversos nichos, foi uma das que precisou se adaptar, ampliar o número de colaboradores e horários de atendimento e se organizar para atender uma demanda cada vez mais frequente pela criação de sites e solicitação de suporte por parte de novos lojistas e empreendedores que estavam iniciando sua jornada no mercado digital, às pressas.

Consumidores pretendem continuar comprando online

A necessidade de isolamento social fez com que um grande número de pessoas que nunca tinha feito uma compra online, passasse a utilizar a internet para realizar pedidos de itens de supermercado, drogarias, lojas de presentes e muito mais.

Muita gente iniciou a jornada digital bastante contrariada, acreditando que comprar online poderia ser arriscado e os custos de frete tornariam a compra mais cara.

Poucos meses depois, os novos consumidores perceberam que além de toda a comodidade, com um cupom válido de desconto, é possível pagar menos do que a metade do que um produto custa em uma loja física.

Segundo a pesquisa Shopping During The Pandemic (Compras Durante a Pandemia), realizada pela Ipsos em 28 países, 47% dos brasileiros têm feito mais compras online do que faziam antes da pandemia de Covid-19. A média é maior do que a mundial, que fica em 43%.

Com as novas percepções, os novos consumidores do online acabaram se adaptando e tudo aponta que, quando a pandemia acabar, não haverá impacto negativo nas vendas pela internet.

Considerações Finais

É possível notar que a pandemia de coronavírus causou uma reação em cadeia, que envolve um cenário negativo, de perda, medo e luto e que ao mesmo tempo, gera um efeito de alteração econômica, negativo para alguns setores e positivo para outros.

Ao mesmo tempo, o núcleo familiar e a relação das pessoas consigo mesmas foi afetada, passando por períodos de mudança na forma de conviver e de se cuidar, além de modificar o modo com que as pessoas enxergam a própria casa, a própria organização e o próprio comportamento.

Atualmente, já em fase de vacinação da população, é possível notar outras alterações no comportamento social e econômico e o assunto já passa a ser estudado e analisado por especialistas de todas as áreas sociológicas, econômicas e claro, de saúde.

Quais impactos você notou na sua vida pessoal, rotina, economia e saúde ao longo do isolamento social?

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