Durante entrevista ao programa Encontro 9.9, da BJ Rádio Web, na manhã desta quarta-feira (22), o presidente da Câmara de Vereadores de Camaquã, Luciano Pereira Dias (PSDB), o “Cabeça”, comentou sobre o caso da instalação da empresa Canarana no município.
Inscreva-se em nosso novo canal do YouTube ACESSE AQUI!
A firma é especializada na importação e exportação de fumo, com faturamento mensal aproximado de R$ 120 mil, mas com promessa de investimento superior a R$ 170 milhões. A prefeitura estuda doar uma área pública de 13 hectares para a empresa. A tramitação do projeto gerou polêmica entre a comunidade, principalmente com relação ao potencial e a capacidade econômico-financeira da empresa.
Uma Audiência Pública foi convocada pelo presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Controle Externo do Legislativo camaquense, vereador Claiton Silva (PDT), para debater sobre a cedência do terreno e a concessão do incentivo empresarial. O encontro acontece nesta quinta-feira (23), a partir das 18 horas, no auditório da Secretaria Municipal da Educação.
Para Cabeça, a solicitação da Audiência Pública é importante para que o projeto seja discutido entre os vereadores e a população. Ainda de acordo com o parlamentar, somente desta forma serão esclarecidas as controvérsias geradas pela proposta.
“Já se levantou muita polêmica a respeito dessa empresa, se a empresa tem sustentabilidade, se vai investir. O quê que acontece quando qualquer empresa quer a cedência de qualquer terreno do município: ela vai lá no Poder Executivo, protocola, entrega toda a documentação necessária e o Poder Executivo encaminha para a Câmara Municipal de Vereadores. Então, o prefeito não pode negar pra nenhum cidadão que tenha uma empresa, que apresentou toda a documentação necessária pra aquela cedência. [...] Nós lá, legisladores, sim, podemos vetar no voto esse projeto”, detalhou. “A Audiência Pública se fez necessária, ela é totalmente legal a discussão, vamos escutar, vamos debater a respeito da Canarana e cada vereador decide da melhor maneira possível, dentro das suas convicções, o seu voto”, completou.
O vereador defendeu que a legalidade da proposta é o principal ponto a ser analisado e que opiniões particulares devem ser deixadas de lado. “O que eu vejo e o ponto de interrogação sobre a empresa tá o seguinte: ‘Não liberamos pra empresa, ela vai pro município vizinho e se instala’. É o risco que se corre. Então, vamos estudar. E eu sempre digo: ‘Tá dentro da legalidade? É constitucional? Podemos aprovar dentro da lei?’ É isso que nós temos que ver. Eu nunca puxo pro meu pessoal o que eu acho do dono da empresa, o que o dono da empresa fez ou deixou de fazer, eu vejo a legalidade dos fatos. [...] E, aqui, eu quero deixar bem claro que nós temos, principalmente da base do governo, nós temos uma tranquilidade muito grande de cada vereador decidir a melhor maneira de colocar seu voto na hora que esse projeto entrar no plenário pra discussão e votação”, falou.
Ouça na íntegra:
Assista à entrevista na íntegra:
Para receber as notícias gratuitamente e em tempo real participe do nosso grupo de WhatsApp, acessando aqui!