A Polícia Civil indiciou duas pessoas por lesão corporal seguida de morte no caso envolvendo a morte de um homem, ocorrida no dia 2 de outubro, em frente a um açougue, em Alvorada, na Região Metropolitana. Na tarde dessa quarta-feira (20), o inquérito policial foi remetido à Justiça e os responsáveis pela investigação deram mais detalhes sobre o caso, durante uma coletiva de imprensa, realizada no auditório do Palácio da Polícia, em Porto Alegre.
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Wagner de Oliveira Lovato, de 40 anos, chegou a ficar internado no Hospital Cristo Redentor, na Capital, com traumatismo craniano, mas não resistiu e morreu na noite de 3 de outubro. Ele era vendedor ambulante e deixou esposa e três filhos – um deles com apenas dois meses de vida.
Foto: Wagner de Oliveira Lovato, de 40 anos, morreu após ser espancado por dois homens ao reclamar do preço da carne em um açougue de Alvorada. Reprodução / RBS TV / Blog do Juares
Conforme a diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Vanessa Pitrez, o laudo de necropsia do Instituto Geral de Perícias (IGP) apontou que a vítima morreu após bater a cabeça no chão, depois de uma sequência de dois socos. “A batida ocasionou um traumatismo craniano”, afirmou. O indiciamento, segundo ela, considerou o fato de que os agressores não esperavam pelo “resultado morte”, ou seja, quiseram agredir a vítima, mas não previam que suas ações ocasionassem qualquer fatalidade.
Segundo o titular da DPHPP de Alvorada, delegado Edimar Machado de Souza – responsável direto pela investigação –, o inquérito se baseou principalmente na análise das imagens das câmeras de segurança do estabelecimento, além dos testemunhos de 13 pessoas.
O delegado ainda afirmou que não havia atritos anteriores entre vítima e agressores. “Um dos agressores, inclusive, era funcionário do açougue, mas não estava trabalhando naquele momento. Já a vítima era um consumidor do local. A discussão começou depois que o agredido teria comentado sobre o preço de um dos produtos”, garante.
Os dois agressores permanecem presos preventivamente. Conforme Machado, eles não possuem antecedentes. A condenação por lesão corporal seguida de morte, considerado grave no ordenamento jurídico, pode variar de 4 a 12 anos de prisão.
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