O segundo dia de oitivas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ouve, nesta terça-feira (9), o sócio-proprietário da empresa Canarana Agro Comercial, José Claudir Machado, a respeito do caso do suposto pedido de propina por parte de um vereador, em troca de apoio na cedência de área pública para instalação da entidade em Camaquã. A audiência acontece no plenário da Câmara de Vereadores, a partir das 18 horas, com transmissão simultânea pela página do Facebook.
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A CPI é composta pelo vereador Vinícios Araújo (MDB) como presidente, vereador Ronaldinho Renocar (Progressistas) como vice-presidente, e vereador Mozart Pielechowski (PSDB) como relator.
Os membros apuram a denúncia feita pelo vereador Vítor Azambuja (Progressistas) sobre o recebimento de mensagens intimidatórias via aplicativo enviadas por José Claudir Machado. O empresário Elissandro Sperb de Freitas afirma que também recebeu supostas mensagens de Machado. Na última quinta-feira (4), tanto Azambuja quanto Sperb prestaram depoimento na primeira audiência da CPI.
A empresa é especializada na importação e exportação de fumo, com faturamento mensal aproximado de R$ 120 mil, mas que tinha com promessa de investimento em Camaquã um valor superior a R$ 170 milhões. A prefeitura estudava doar uma área pública de 13 hectares para a instalação da firma.
A tramitação do projeto gerou polêmica entre o Poder Público e a comunidade, principalmente com relação ao potencial e a capacidade econômico-financeira da empresa. No final de setembro, o sócio-proprietário da Canarana enviou um documento ao prefeito Ivo de Lima Ferreira (PSDB) confirmando a desistência por parte da entidade de investir no município.
De acordo com a declaração, a renúncia foi embasada nas situações consideradas vexatórias que a empresa foi submetida durante audiência pública realizada pela Câmara de Vereadores no dia 23 de setembro. A reunião foi convocada pelo presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Controle Externo do Legislativo camaquense, vereador Claiton Silva (PDT), para debater possíveis contradições sobre a cedência do terreno e a concessão do incentivo empresarial. Outros fatores ligados ao incentivo público que seria empregado para implantação da empresa no município foram vistos como desfavoráveis pela direção da firma para que a parceria fosse concretizada.
Uma nova oitiva acontecerá na quarta-feira (10), quando os membros da comissão irão construir o novo plano de trabalho para a próxima etapa da CPI.
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