Política

"Confiem em mim. Eu não fiz nada de errado", diz vereador citado em CPI da Propina

Mano Martins (DEM) se manifestou por meio das redes sociais sobre acusação de suposto pedido de benefício que teria sido feito por ele para acelerar projeto de instalação de empresa de tabacos em Camaquã

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12/11/2021 - 15h15min Corrigir

O vereador camaquense Mano Martins (DEM) utilizou as redes sociais, na tarde desta sexta-feira (12), para falar a respeito da acusação sobre o suposto pedido de propina em troca de apoio na cedência de área pública para instalação da empresa Canarana Agro Comercial em Camaquã. O nome do parlamentar foi citado pelo sócio-proprietário da entidade, José Claudir Machado, na última terça-feira (9), durante depoimento na CPI instaurada pela Câmara de Vereadores para apurar a denúncia. 

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Mano afirmou que espera o andamento do processo de investigação para se manifestar sobre o caso. "Eu não estive na imprensa ainda. Eu não quero me manifestar antes de deixar o andamento da CPI. E, após isso, a gente vai se manifestar na imprensa, a gente vai dar coletiva. Vocês vão ter retorno desse vereador", garantiu.

O parlamentar pediu a confiança da comunidade, mas admitiu que se sente abalado com a acusação e citou estar sendo perseguido por ser muito atuante em seus mandatos. "Confiem no vereador Mano, confiem em mim. Eu não fiz nada de errado. Continuo trabalhando e honrando cada um de vocês. E é tão claro que eu tô honrando cada um de vocês porque tô incomodando. E porque tô incomomando é que tá acontecendo tudo isso", falou.

"Vou dar o retorno pra vocês e a Justiça vai fazer o papel dela, porque a Justiça existe pra isso. A gente vai procurar nossos direitos, a nossa defesa será apresentada e logo ali isso vai acabar. E vocês vão continuar se orgulhando desse vereador, porque eu entrei aqui pra trabalhar pra vocês, não pra político. Quem manda no meu mandato é vocês (sic). Eu só vou parar quando vocês disserem: 'não, chega', e o voto não chegar na urna. Até lá, eu vou continuar honrando vocês, queira ou não queira", encerrou o vereador

Assista ao vídeo

Relembre

O caso veio à tona após o vereador Vítor Azambuja (Progressistas) afirmar que recebeu mensagens intimidatórias via aplicativo enviadas por José Claudir Machado. O empresário camaquense Elissandro Sperb de Freitas também disse ter recebido supostas mensagens do gestor. 

A empresa Canarana Agro Comercial é especializada na importação e exportação de fumo, com faturamento mensal aproximado de R$ 120 mil, mas que tinha com promessa de investimento em Camaquã um valor superior a R$ 170 milhões. A prefeitura estudava doar uma área pública de 13 hectares para a instalação da firma.

A tramitação do projeto gerou polêmica entre o Poder Público e a comunidade, principalmente com relação ao potencial e a capacidade econômico-financeira da empresa. No final de setembro, o sócio-proprietário da Canarana enviou um documento ao prefeito Ivo de Lima Ferreira (PSDB) confirmando a desistência por parte da entidade de investir no município. 

De acordo com a declaração, a renúncia foi embasada nas situações consideradas vexatórias que a empresa foi submetida durante audiência pública realizada pela Câmara de Vereadores no dia 23 de setembro. A reunião foi convocada pelo presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Controle Externo do Legislativo camaquense, vereador Claiton Silva (PDT), para debater possíveis contradições sobre a cedência do terreno e a concessão do incentivo empresarial. Outros fatores ligados ao incentivo público que seria empregado para implantação da empresa no município foram vistos como desfavoráveis pela direção da firma para que a parceria fosse concretizada.

A partir da denúncia do vereador Vítor Azambuja, a Câmara instaurou a CPI da Propina, composta pelo presidente Vinícios Araújo (MDB), vice-presidente Ronaldinho Renocar (Progressistas) e relator Mozart Pielechowski (PSDB). 

No dia 4 de novembro, tanto Azambuja quanto Sperb prestaram depoimento na primeira audiência da CPI. Já Machado foi ouvido no segundo dia de oitivas, no dia 9 de novembro. Ele afirmou ter ido à residência do vereador Mano Martins, que estava acompanhado do assessor Uiler Dillmann. Mano teria solicitado um “benefício” para acelerar com o projeto que estava em uma das comissões. A ajuda consistia em oferecer apoio ao parlamentar que possui desejo de concorrer a deputado estadual no próximo pleito.

Conforme Machado, não chegaram a tratar de valores em troca de apoio, mas no encontro foi dito que se não houvesse um acordo entre eles, a proposta que tramitava no Legislativo não iria avançar.

A comissão esteve reunida mais uma vez, na última quarta-feira (10), para definir os próximos passos do processo. 

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