Um policial militar da reserva, de 67 anos, foi preso nessa quarta-feira (17), acusado de estuprar a própria neta e mantê-la como esposa em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O caso foi investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) do município.
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De acordo com o que foi apurado pela Polícia Civil, os abusos duraram por cerca de dois anos. A vítima estava morando na casa do avô, junto de mais dois irmãos (um menino e uma menina), desde 2019. A mudança ocorreu após o idoso ter denunciado o padrasto das crianças por suposto estupro da menina. O homem foi preso.
A partir de então, o homem passou a dormir com as duas netas no quarto, enquanto o neto dormia no sofá da sala. Depois que os abusos começaram, ele retirou uma das garotas do cômodo e continuou dormindo apenas com a vítima.
Os policiais apuraram também que o acusado levava uma vida de casal com a neta. Segundo as autoridades, o homem chegou a dizer para a vítima que ela estava substituindo o lugar da avó dela, que já faleceu.
A irmã da vítima foi ouvida em depoimento especial e confirmou ter presenciado os estupros. Ela foi junto da vítima até a casa da mãe delas para procurar ajuda. A mulher foi até a delegacia e denunciou o crime.
Durante a investigação, o idoso tentou atrapalhar o trabalho da polícia. Uma das maneiras foi pedindo para que o neto se passasse pela irmã fazendo declarações para negar os abusos.
Ele responderá por estupro de vulnerável, violação de medida protetiva, fraude processual e corrupção de menores. Por se tratar de um agente civil da reserva, o homem foi encaminhado para uma prisão especial, conforme determina a lei. O nome dos envolvidos não foram divulgados para não expor a vítima.
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