A Polícia Civil divulgou que o adolescente, de 17 anos, internado no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) após torturar e matar um cachorro durante transmissão ao vivo pela intenet em Lindolfo Collor, no Vale dos Sinos, também é responsável por fazer ameaças a funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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O caso está sendo investigado tanto pela Polícia Federal quanto pela Polícia Civil. Conforme o que foi apurado até o momento, o jovem teria enviado um e-mail com declarações agressivas direcionadas ao comando da agência e ameaças aos diretores do órgão por aprovarem a vacinação contra a covid-19 para crianças no Brasil. O menor assina o e-mail, que também contém o avatar dele na internet e o CPF, diz que mora no Rio Grande do Sul, e promete "purificar a terra onde a Anvisa está instalada usando combustível abençoado", dando a entender que o plano era incendiar a sede da agência. Além disso, ele desafia os "os parasitas da PF" a encontrá-lo. O rapaz se despede com uma saudação nazista.
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A polícia afirma que o adolescente sofre de problemas psiquiátricos e realiza tratamento há bastante tempo. Os pais dele relataram em depoimento que desconheciam que o jovem utilizava plataformas digitais como a que foi realizada a transmissão dos maus-tratos e morte do cão no último dia 24. Ele confessou a autoria do crime e alegou para a investigação que teria feito isso como "desafio" proposto por um grupo que prega ideias extremistas de direita na internet, via aplicativos de jogos online.
Segundo a delegada Raquel Peixoto, que cuida do caso, o jovem passou a ser chamado de "mito" pelos seguidores e foi incentivado a cometer novos atos terroristas depois que torturou e matou o cachorro. Inclusive, a polícia afirmou que a delegada também foi alvo de ameaças por parte do grupo. A informação foi descoberta após mensagens terem sido interceptadas pela Polícia Civil gaúcha. Mais de 30 participantes que assistiram a live foram rastreados. Entre os conteúdos trocados estão ameaças de morte contra a delegada e a filha dela.
A investigação também descobriu planos de um possível ataque a creches e escolas nas cidades de Novo Hamburgo, Lindolfo Collor, Campo Bom e Ivoti, no Vale dos Sinos. Vídeos nos quais jovens que participam do grupo aparecem fazendo saudações nazistas e vestidos com capacetes alemães da Segunda Guerra Mundial também foram apreendidos pela polícia. As autoridades policiais aguardam uma liminar da Justiça autorizando o acesso aos computadores do adolescente investigado para comprovar todos os crimes.
A defesa do menor alega que ele foi coagido a participar do grupo e ameaçado caso não cumprisse o desafio de torturar e matar o cachorro em transmissão ao vivo pela internet. Para o advogado Vilson Carbonel Corino, em entrevsita à GZH, o jovem é um espécie de "bode expiatório" para outros casos envolvendo crueldade com animais no Vale do Sinos que ainda não foram descobertos.
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