O médico Guilherme de Oliveira Lahn, de 34 anos, morto a tiros na frente da família, na noite de domingo (27), estava sendo ameaçado por pessoas ainda não identificadas em Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul. A informação foi repassada pelos parentes da vítima, em depoimento à Polícia Civil.
As ameaças teriam começado em janeiro deste ano, após um registro de violência doméstica contra o médico. A denúncia não foi realizada pela esposa de Lahn, mas sim por outro familiar. O fato foi confirmado pela polícia, porém, a investigação apontou que Guilherme não possuía antecedentes criminais e que o relato trata-se de uma versão unilateral da suposta vítima que também estava sob apuração. As autoridades não forneceram mais detalhes sobre o caso e também não comentaram sobre as supostas ameaças.
Mas, segundo os parentes, as intimidações contra Lahn aumentaram até o ponto em que o médico decidiu excluir seus perfis nas redes sociais. Lahn foi assassinado com dois tiros, por volta das 23 horas de domingo, em frente à residência da mãe, na Avenida General Mallet, bairro Rio Branco. Os disparos atingiram o peito e o ombro do médico.
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De acordo com a polícia, Guilherme e a esposa foram até a casa da mãe dele buscar os filhos após terem assistido a um show nos pavilhões da Festa da Uva. Quando a mulher e as crianças entraram no veículo, um sujeito chegou a pé, com um revólver na mão, e disparou para o alto e depois contra o médico. Na sequência, ele fugiu. Um dos tiros atravessou a vítima e atingiu o veículo, mas não feriu ninguém. O assassinato foi presenciado pela esposa, os filhos e a irmã do médico, que estava com ele na calçada da casa. Lahn chegou a ser atendido por socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu e veio a óbito no local.
O crime está sendo apurado pela Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), sob o comando do delegado Caio Márcio Fernandes. As primeiras informações indicam que a morte teria sido encomendada por alguém que conhecia a rotina do médico. Ainda conforme a investigação, o atirador não anunciou assalto e nenhum objeto de valor do médico foi subtraído.
Os policiais estão recolhendo as imagens de câmeras de segurança do entorno do local do crime para auxiliar na identificação do assassino. O laudo da perícia irá apontar o calibre da arma utilizada no crime. A investigação ainda trabalha para descobrir qual a intenção do criminoso de disparar para cima antes de atirar contra o médico. O histórico de vida de Lahn também está sendo apurado para esclarecer se existe alguma relação social que pudesse provocar algum tipo de atrito ou desentendimento com alguém.
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