No mês de março, mês da mulher, Charqueadas têm a comemorar a formação e continuidade de ações dos grupos de mulheres: União Feminina de Charqueadas, Mãos Que Tecem e Mulheres de Guaíba City. Os grupos surgiram a partir da proposta da extensionista da Emater, Letícia Lima, de desenvolver atividades que estimulem o protagonismo e o empoderamento feminino, através do artesanato, da comercialização da produção alimentar e da geração de renda, contribuindo para o fortalecimento da inclusão social e produtiva da mulher rural e da valorização do saber local.
O reconhecimento deste trabalho vem de longe, Tereza Barreto, que vive em Portugal e acompanha a amiga Vilma Frubel, que faz parte da União Feminina, comenta que é muito bom ver as mulheres da sua terra unidas e levando a frente o trabalho com os grupos. “Eu sinto muita falta de não estar mais junto delas no Brasil e parabenizo a Letícia que faz este trabalho de suporte a estas trabalhadoras e mulheres do campo e da cidade”, destaca ela.
Dentre os grupos está o União Feminina de Charqueadas, que surgiu de uma proposta feita pelas mulheres de 24 famílias assistidas por meio da Chamada Pública da Agroecologia em 2015. Com a intenção de contribuir para inclusão social e produtiva delas, a extensionista da Emater, passou a fazer capacitações para autoconsumo e/ou geração de renda, em artesanato, culinária, a realizar ações em saúde e bem-estar social, resgate das Plantas Biotivas, acesso a políticas públicas, bem como, buscou espaços de participação em eventos para que as mulheres participassem de encontros de empoderamento feminino.
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Com o empoderamento das mulheres foi criado uma conta no Facebook chamado “Maria do Campo” que serve para divulgar as ações e as atividades desenvolvidas com os grupos de mulheres e também auxiliar para que as mulheres se mantivessem unidas e ativas durante a pandemia da Covid-19, juntamente com as comunicações e trocas feitas grupos de WhatsApp.
Mulheres dos grupos, com as vivências e trocas e o crescimento pessoal em tempos de pandemia organizaram uma Campanha de agasalhos, denominado por elas de Tricô Solidário e a produção de produtos de higiene e limpeza doados para famílias carentes do município.
O grupo Mãos Que Tecem existe desde 2016 e é composto por artesãs do meio rural e urbano. As peças artesanais produzidas por elas - com a lã doada pelos produtores do município - são comercializadas em feiras da agricultura familiar, eventos locais e por encomendas. “Elas não pararam nunca, em tempos de distanciamento social teceram, cardaram e fizeram peças lindas. Inovaram, utilizando as mídias sociais para comercializar seus acolchoados de lã para outros estados e municípios, bem como, uma linha de produtos pets desenvolvidos por elas”, explica Letícia.
Já o Grupo Guaíba City, existente desde 2016, é formado por mulheres que vivem na comunidade rural mais distante de Charqueadas. Elas comemoram a retomada das atividades presenciais coletivas do grupo, pois é uma oportunidade de reencontrar as amigas e aprender novos conhecimentos para incremento da renda familiar e qualificar o auto consumo de alimentos.
Letícia observa que os trabalhos desenvolvidos pela Emater com estas mulheres têm contribuído para o empoderamento e ampliado o papel de protagonistas nas atividades produtivas desempenhadas nas propriedades e nas famílias.
Quer saber mais sobre este assunto e os serviços de apoio ao agricultor e as agricultoras que a Emater pode te oferecer, entre em contato com o escritório mais perto de você.
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