A Polícia Civil investiga o caso de uma bebê recém-nascida encontrado dentro de uma latrina na reserva indígena do Guarita, em Redentora, no Norte do Rio Grande do Sul, na última segunda-feira (28). A mãe da criança já foi identificada. Ela é uma adolescente de 17 anos e negou, em depoimento prestado nessa quinta (31), qualquer ato ilícito.
O caso é tratado como uma possível tentativa de infanticídio, que é a morte do filho provocada pela mãe por ocasião do parto ou durante o estado puerperal. O foco da investigação é descobrir se o ato foi cometida pela jovem ou por terceiros. O inquérito aberto pela polícia tem prazo de 30 dias para ser concluído. Outras testemunhas estão sendo ouvidas pelas autoridades. A polícia aguarda o resultado da perícia que foi realizada na criança e na mãe.
A criança foi achada por um dentista que presta atendimento duas vezes por semana na reserva indígena. O profissional foi avisado por um morador do local sobre um recém-nascido que estaria em um sanitário improvisado que é de uso dos indígenas. Segundo o dentista, a bebê ainda estava com o cordão umbilical preso ao corpo e coberto pela placenta, sugerindo que o parto havia sido realizado recentemente. Além de fezes, a latrina estava coberta de areia. O próprio dentista foi quem limpou a criança e levou para atendimento médico.
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A menina ainda está internada no Hospital Santo Antônio de Tenente Portela e deve ficar sob tutela de uma família substituta até o encerramento da investigação. Já a mãe também foi hospitalizada, mas já recebeu alta e está sendo acompanhada por um psicólogo. Esta é a primeira gravidez da jovem, que mora com uma amiga e havia contado sobre a gestação para poucas pessoas, conforme aponta a polícia. Ela não passou por nenhum acompanhamento pré-natal ou atendimento básico de saúde.
De acordo com as testemunhas ouvidas até o momento, o parto teria acontecido no interior da latrina, enquanto a mulher utilizava o banheiro. A adolescente teria cogitado a hipótese de a criança ter nascido morta.
Se ficar provado que a mãe foi a responsável pelo infanticídio, ela cumprirá medidas socioeducativas por ser menor de idade. Mas, se o ato tiver sido cometido por terceiros, haverá indiciamento e o inquérito será remetido ao Poder Judiciário.
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