Uma operação realizada pela Brigada Militar, na manhã desta quarta-feira (6), resultou na prisão de um homem de 47 anos e na libertação de um grupo de indígenas que era submetido a trabalho escravo na zona rural de São Francisco de Paula, na Serra do Rio Grande do Sul. A ação contou com a participação de policiais do 1º Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (1º BPAT), agentes do Ministério Público do Trabalho de Caxias do Sul e da Secretaria de Assistência Social do município.
O caso chegou ao conhecimento da Brigada Militar no último sábado (2), através de denúncia anônima pelo telefone 190. Conforme o relato, 15 pessoas eram obrigadas a trabalhar sob condições subumanas em uma fazenda situada na localidade de Lajeado Grande.
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O denunciante afirmou para a polícia que estaria juntamente com mais treze pessoas, trabalhando no cultivo de alho, sendo submetidos a trabalho análogo à escravidão, sem condições mínimas de alojamento. Segundo a pessoa, o proprietário da fazenda não fornecia comida, deixava os trabalhadores expostos ao frio e obrigava eles a pagarem as próprias passagens, já que a maioria eram indígenas vindos de Erechim e do Paraná e o suspeito teria arcado com as despesas de deslocamento. Entre o grupo estariam uma mulher e o filho de 2 anos de idade.
A Brigada Militar acionou o Ministério Público e a Secretaria Municipal de Assistência Social para montar uma operação com o intuito de ir até a tal fazenda e constatar o crime. No local foram encontrados 12 homens (dentre eles dois menores de idade) e duas mulheres, além de uma criança. Os agentes também constataram que o alojamento, assim como toda a estrutura onde os trabalhores ficavam, era precária.
Conforme uma das vítimas, eles teriam vindo de suas respectivas cidades e desembarcado em Caxias do Sul. Na sequência, foram de táxi até a fazenda. O valor do transporte era para ser pago pelo suspeito, mas ao chegar ao local já foram informados que estavam em dívida pela passagem e teriam que pagar pela alimentação, que não era suficiente para todos. De acordo com a polícia, os trabalhadores recebiam R$ 5 por caixa de alho.
O proprietário confirmou para as autoridades que havia arrendado as terras e contratado o grupo, assumindo a responsabilidade pelo local. Ele foi preso em flagrante e encaminhado à Polícia Federal em Caxias do Sul. O Ministério Público do Trabalho ficou responsável por providenciar o retorno das vítimas para casa, além de calcular os valores das indenizações trabalhistas que deverão ser pagas pelo acusado.
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